RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Magalu Cloud, o serviço de nuvem do Magazine Luiza (BVMF:MGLU3), lançou nesta terça-feira seus três primeiros serviços, com seu diretor afirmando que o segmento pode, no futuro, dar mais retorno à empresa do que a venda de produtos.
"Acho que será possível. A tecnologia, em geral, é um negócio com potencial de margem maior e a gente tem muito potencial para crescer", disse Christian "Kiko" Reis, diretor da Magalu Cloud, no evento Web Summit Rio.
Os serviços Object Storage, Turia IAM e ID Magalu já estão disponíveis ao público e podem ser contratados por intermédio do console web da Magalu Cloud.
O executivo acredita que o Cloud pode se tornar uma linha de receita significativa para o Magazine Luiza, podendo até ultrapassar a tradicional receita de vendas de mercadorias, dada a margem de retorno maior do que a comercialização de itens.
"Esse é nosso ano zero, não sabemos como vai ser, mas podemos fazer uma analogia: hoje o AWS representa mais para Amazon (NASDAQ:AMZN) do que o varejo", afirmou Reis, referindo-se à plataforma de serviços em nuvem da Amazon.
Além de Amazon, o mercado global de nuvem também é dominado atualmente pelos gigantes de tecnologia dos Estados Unidos Google, da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), e Microsoft (NASDAQ:MSFT).
De acordo com Reis, o Maganize Luiza aposta que o mercado de Cloud deve se tornar ainda maior e mais complexo no futuro. "Acreditamos que será possível cavar um espaço grande, a partir do Brasil, e depois olhando para o resto do mundo", destacou.
Um dos lançamentos, o Object Storage, oferece armazenamento de dados "seguro e escalável", disse o Magazine Luiza, para atender às demandas de armazenamento de empresas e usuários individuais. O serviço permite backup de dados, armazenamento de mídia e conteúdo, além de colaboração e compartilhamento de arquivos.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)