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Magazine Luiza (MGLU3): Mercado reage mal a mais um prejuízo de Magalu

Publicado 15.08.2023, 11:27
© Reuters
MGLU3
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Investing.com – O mercado reagiu de forma negativa a mais um prejuízo relatado em balanço da Magazine Luiza (BVMF:MGLU3). Às 11h15 (de Brasília) desta terça, 15, os papéis despencavam 7,39%, a R$2,63.

A varejista reportou prejuízo líquido de R$301,7 milhões no segundo trimestre de 2023, piora de 123,5% ante o resultado negativo de um ano atrás.

No critério ajustado, a Magalu registrou perda líquida de R$198,8 milhões, alta de 77,3% na mesma comparação.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado totalizou R$439,8 milhões, diminuição de 10,6%. A receita líquida atingiu R$8,57 bilhões, expansão de 0,1% versus o 2T22.

Segundo o Santander (BVMF:SANB11), o consenso já havia antecipado um trimestre desafiador em meio à fraqueza do segmento de bens duráveis, mas a reação negativa ocorre devido a dados piores na margem Ebitda, mesmo depois de eventos pontuais citados pela varejista.

Os analistas Ruben Couto, Eric Huang e Vitor Fuziharo ponderam, no entanto, que o capital de giro apresentou melhorias sequenciais. O banco possui classificação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$4,30.

De acordo com o Itaú BBA, os dados apontam vendas e tendências de rentabilidade fracas, mesmo com melhoria notável na margem bruta devido ao aumento da participação de serviços no mix.

“Vale ressaltar também que a empresa reconheceu R$160 milhões em despesas não recorrentes de reestruturação para atingir uma estrutura corporativa mais eficiente, o que não esperávamos. Por último, mas não menos importante, a geração de caixa foi impulsionada pelos recursos de R$850 milhões do acordo com a Cardif; considerando esse impacto, a dívida líquida (ex IFRS) diminuiu em torno de R$300 milhões sequencialmente”, apontam os analistas Thiago Macruz, Maria Clara Infantozzi, Victor Rogatis, Clara Lustosa e Kelvin Dechen.

O Itaú BBA possui classificação market perform para as ações, com preço-alvo de R$3,2.

Assim como o Itaú BBA, a XP (BVMF:XPBR31) considera que os resultados vieram conforme esperado, “com crescimento estável de receita, margem bruta melhorando e geração de caixa positiva, mas com despesas não recorrentes de R$160 milhões”.

Os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt completam que há indicativos favoráveis para o terceiro trimestre. Por exemplo, o programa de renegociação de dívidas criado pelo governo Desenrola ajudou a melhorar a inadimplência, mas as taxas da LuizaCred pioraram nas bases trimestrais e anuais. A XP mantém indicação neutra, com preço-alvo de R$5,0.

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