As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, repercutindo dados de atividade que apontaram para a contínua recuperação da indústria na região. Investidores avaliaram ainda o pacote de US$ 2 trilhões em investimentos à infraestrutura, anunciado na quarta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
O índice Stoxx 600, que reúne as principais ações da região, encerrou com ganho de 0,61%, a 432,22 pontos.
Biden redobrou a aposta na política econômica com ênfase em gastos públicos e revelou um plano trilionário para modernizar estradas, pontes, aeroportos, sistemas de transportes, entre outros.
A expectativa é de que parte das despesas seja financiada por meio da elevação da carga tributária, incluindo o aumento do imposto corporativo a 28%.
Em meio às repercussões do projeto, que ainda precisa do aval do Congresso, operadores também monitoram a sequência de índices de gerentes de compras (PMIs) industriais de economias europeias divulgada pela manhã.
Os PMIs da indústria de Alemanha e zona do euro atingiram níveis recordes em março, ambos acima de 60, enquanto o do Reino Unido saltou a 58,9, maior valor em uma década.
Com isso, o índice FTSE 100, referência na Bolsa de Londres, terminou o pregão com avanço de 0,35%, a 6.737,30 pontos.
Em Frankfurt, o DAX subiu 0,66%, a 15.107,17 pontos.
Na análise da economista Maddalena Martini, da Oxford Economics, os números sugerem que a indústria tem sido mais resiliente à imposição de lockdown para conter a disseminação do coronavírus.
França, Itália e Alemanha foram alguns dos países que endureceram medidas restritivas recentemente em meio ao repique nos casos da doença.
Nesse ambiente, o CAC 40, de Paris, se elevou 0,59%, a 6.102,96 pontos, e o FTSE MIB, de Milão, aumentou 0,25%, a 24.710,00 pontos.
Nas praças ibéricas, o IBEX 35, de Madri, teve leve variação negativa de 0,03%, a 8.577,60 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, se valorizou 0,97%, a 4.977,56 pontos.