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Marisa espera que digital atinja 15% do total de vendas em 2021; ações disparam

Publicado 25.08.2020, 15:19
© Reuters.
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Por Ana Julia Mezzadri

Investing.com - Como experimentado por todo o setor de varejo, o isolamento social instaurado para combater a pandemia de Covid-19 também acelerou a digitalização da Lojas Marisa (SA:AMAR3). Atualmente, conforme mencionado em teleconferência com analistas e imprensa nesta terça-feira (25), a parcela do digital no total de vendas da empresa ultrapassa 10% - e a expectativa é que alcance, no mínimo, 15% no ano que vem. 

Antes de a crise começar, a Marisa via 2020 como o ano de sua retomada de lucratividade. Agora, apesar de ter sofrido impactos da pandemia, com queda de 72,5% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado, Marcelo Pimentel, CEO do grupo, afirma que a organização está sendo preparada para isso e que, ainda que o terceiro trimestre deva continuar sofrendo com um impacto de competitividade, a Marisa espera uma mudança positiva significativa nesse sentido no quarto trimestre.

Outro ponto importante levantado por Pimentel durante a conferência foi a evolução do plano de redução estrutural dos estoques. Antes da crise da Covid-19, a Marisa esperava ser capaz de reduzir seus estoques em torno de 10% neste ano. “Com a pandemia, vimos que tinha oportunidade para avançar com essa estratégia. Hoje atingimos um nível de redução estrutural em 30% de estoque”, explica.

Com isso, Pimentel explicou ainda que a empresa já não tem mais a necessidade de fazer tantas promoções quanto precisava fazer no início da pandemia. “Hoje vamos fazer promoções muito mais pontualmente em classes de produtos em que nos interessam correções pontuais, como os de inverno agora”, completa.

Outro efeito da pandemia, este mais externo à Marisa, foi o fortalecimento das lojas de ruas decorrente da falência de muitos players regionais. Segundo a companhia, o fato de as unidades da Marisa estarem localizadas em pontos de forte fluxo de pessoas, como perto de pontos de transporte, tem gerado um forte movimento e retorno da retirada nas lojas de produtos comprados no e-commerce. “Nossa estratégia e nosso posicionamento nesse momento só tende a fortalecer a nossa posição”, disse Pimentel.

Ações disparam 

As ações da varejista de moda disparavam na bolsa paulista nesta terça-feira, mesmo após números fracos no segundo trimestre, afetados pela pandemia de Covid-19, com analistas avaliando que o pior pode ter ficado para trás e chamando a atenção para o desempenho das vendas online da varejista.

Por volta de 1538, os papéis subiam 6,88%, a R$ 8,39, próximo à máxima de R$ 8,55, com um volume negociado em R$ 103,55 milhões. Marisa é a maior alta do índice Small Caps, que avançava 0,30%.

O desempenho das ações da Lojas Marisa contaminava o setor de varejo de vestuário, com Lojas Renner (SA:LREN3) ON com elevação de 3,48% a R$ 43,46 e Cia Hering (SA:HGTX3) ON avançando 3,29% a R$ 17,92 - estas duas entre os três maiores ganhos do Ibovespa, atrás apenas de Eletrobras (SA:ELET6).

De acordo com dados divulgados na noite de segunda-feira, a receita líquida de varejo da companhia no segundo trimestre somou R$ 149,1 milhões, queda de 72,5% ano a ano, considerando dados pró-forma. As vendas mesmas lojas (SSS) caíram 9,7%, mas as da plataforma digital saltaram 113,1%.

Para analistas da Genial Institucional, os resultados da Marisa reforçaram o cenário esperado para varejistas de vestuário em meio à pandemia, com fechamentos temporários de lojas, e os efeitos do abrandamento generalizado da economia.

"Olhando pelo lado positivo, como uma parcela relevante da população ainda está tomando medidas de distanciamento social, a Marisa observou um aumento relevante nas vendas provenientes dos canais digitais", afirmou a equipe da Genial, que tem recomendação 'overweight' para as ações, com preço-alvo em R$ 10, potencial de valorização de 27,4% em relação ao fechamento da véspera.

Os analistas afirmaram que ainda veem um cenário de curto prazo para a Marisa muito desafiador e recomendam cautela, mas que continuam confiantes na capacidade da empresa de retomar sua recuperação no final de 2020 ou início de 2021.

Na visão da equipe do BTG Pactual (SA:BPAC11), as perpectivas para a companhia estão melhores, mas o cenário permanece volátil, o que justifica a recomendação 'neutra' para os papéis.

"Embora o pior pareça ter ficado para trás (não só para a Marisa, mas para o varejo de vestuário) e apesar do grande 'sell-off' no período, ainda vemos uma perspectiva volátil nos próximos meses devido ao ritmo suave de recuperação econômica", avaliaram.

No ano, a ação da Marisa ainda tem perda de cerca de 36%.

(Com contribuição de Reuters)

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