Por Senad Karaahmetovic
A Meta Platforms (NASDAQ:META) estaria se preparando para demitir mais colaboradores, de acordo com uma reportagem do Financial Times.
A matéria citou diversos funcionários da companhia, que mencionaram a falta de clareza quanto ao planejamento futuro. A Meta demitiu 11.000 profissionais em novembro, cerca de 13% do seu quadro global de colaboradores. Agora, a gigante das redes sociais estaria avaliando mais cortes, o que estaria deixando seus colaboradores “desmotivados e desmoralizados”.
A reportagem saiu após o CEO, Mark Zuckerberg, dizer em uma teleconferência que deseja fazer de 2023 “um ano de eficiência”. Ele também falou sobre o uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) para melhorar a produtividade dos funcionários.
“O artigo citou a possibilidade de mais demissões, porém vemos espaço para que ocorram mais eficiências, já que a companhia estava operando com 58.000 funcionários há apenas dois anos, contra estimativas de 76 mil atualmente”, declararam os analistas do Bank of America (NYSE:BAC) em uma nota aos clientes.
Os analistas destacaram que a Meta ainda registrava as maiores despesas operacionais entre as grandes empresas de mídia.
“Apesar de os gastos com o metaverso estarem possivelmente inflando os custos operacionais da metaverso para 25%, acreditamos que há espaço para a empresa reduzir sua estrutura de despesas”, acrescentaram.
No geral, eles mostraram otimismo com a “nova mentalidade de eficiência” da Meta. Eles reiteraram a recomendação de compra e o preço-alvo de US$ 220 por ação.
“Vemos a Meta como uma ação mais defensiva no setor neste ano, com potencial para maior racionalização de custos, a fim de fornecer mais suporte a quedas do lucro por ação (LPA) em caso de recessão. Além disso, em vista da alavancagem operacional do modelo de negócios, a redução do quadro de colaboradores também se traduziria em maior lucratividade, à medida que o ambiente de anúncios melhora e a monetização do Reels aumenta”, concluíram os analistas.
As ações da Meta registravam uma alta de 2,98% às 16h52 no pregão desta segunda-feira, cotadas a US$ 179,34 às 14h de Brasília.