SÃO PAULO (Reuters) - Trabalhadores da Renault (EPA:RENA) em São José dos Pinhais (PR) decidiram nesta segunda-feira encerrar greve iniciada há 16 dias por conta de disputada envolvendo cláusula de participação nos lucros e resultados, informou o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) em comunicado.
O acordo envolveu outros temas além da participação nos resultados, como reajuste salarial, informou a entidade.
Segundo o sindicato, a proposta aprovada por montadora e sindicalistas envolve pagamento mínimo de 22.500 reais para 2022 para um volume de 198.160 veículos e 23 mil reais para 2023, acrescido de correção da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Há ainda antecipação de 13,75 mil reais em 2022, e de 14 mil em 2023.
Se a montadora conseguir alcançar um volume de 244 mil carros em 2022, o valor será de 27,5 mil reais e para o mesmo volume em 2023 o valor será de 28 mil, informou o sindicato.
Sobre o reajuste salarial, a negociação foi acertada prevendo índice de 13,67% em setembro de 2022, ou INPC mais 1,5%, "o que for mais favorável ao trabalhador", e em setembro de 2023 garante-se o INPC mais 1,5% (um e meio por cento) de aumento real", afirmou o sindicato.
Segundo a entidade, a Renault emprega cerca de 5 mil trabalhadores em São José do Pinhais, que produzem os modelos Duster, Captour, Kwid, Sandero, Logan, Oroch e Master, além de motores.
(Por Alberto Alerigi Jr.; edição de André Romani)