Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - O frigorífico Minerva (SA:BEEF3) anunciou na última terça-feira (4) lucro líquido de R$ 58,3 milhões no terceiro trimestre, ante prejuízo de R$ 82,7 milhões no mesmo período do ano anterior. Com isso, as ações da companhia tinham forte alta nas negociações desta quarta-feira.
Os papéis subiam 4,68%, a R$ 10,29, às 12h22h. Desde o início do pregão, foram registrados R$ 9,95 de mínima e R$ 10,33 de máxima. O volume negociado foi de R$ 50,96 milhões. Na mesma linha, o Ibovespa subia 1,7%, aos 97.612 pontos.
Os resultados apresentaram crescimento de 13,9% na receita, contra previsão de 12% do Goldman Sachs. Em termos de Ebitda, a previsão do Goldman era de 10,3%, contra 10,8% reportados. Para o lucro, porém, o banco projetava R$ 102 milhões, bem acima dos R$ 58 milhões registrados.
Com isso, o Goldman Sachs mantém avaliação Neutra para as ações da Minerva, com preço-alvo de R$ 9,20. O banco assume que a empresa pode ter performance melhor do que a esperada caso haja receitas de exportação e margens mais fortes; enquanto a fraqueza do câmbio e uma menor utilização de capacidade são os principais riscos para a empresa.
A Mirae Asset, por sua vez, considera os resultados sólidos e acima das expectativas. A corretora espera um quarto trimestre positivo, apesar de um aumento no preço do gado ainda dever pressionar os custos. A recomendação é de Compra, com preço-alvo de R$ 16,15.
Balanço
A companhia apurou Ebitda de 554 milhões de reais, 21,9% acima do desempenho de um ano antes, com a margem passando de 10,1% para 10,8%.
O desempenho ocorreu apesar de uma queda de 13,7% no número de animais abatidos pela companhia, a 814,2 mil cabeças. As vendas em volume recuaram 12,6%, para 272,9 mil toneladas.
A Minerva reportou receita líquida 13,9% maior no período, mesmo com a queda no volume vendido, para 5,14 bilhões de reais.
A alavancagem financeira da companhia caiu a 2,2 vezes em real, de 3,8 vezes um ano antes e de 2,6 vezes no fim de junho.
A companhia afirmou que "os fundamentos do mercado de carne bovina continuam bastante atrativos para os exportadores da América do Sul", com desequilíbrio entre oferta e demanda. "Além disso, não podemos deixar de ressaltar o ainda persistente surto de peste suína africana no continente asiático e parte da Europa, impulsionando a demanda global por proteína bovina."
--Com colaboração da Reuters