💡 Precisa de novas ideias para investir? Confira as atualizações das carteiras dos bilionáriosAcesse grátis

Moody's e S&P duvidam que Boeing atinja meta de produção em 2024

Publicado 13.08.2024, 10:29
© Reuters
BA
-
SPR
-
ALK
-
EADSY
-

Por Allison Lampert e Rajesh Kumar Singh

(Reuters) - A Boeing (NYSE:BA) provavelmente não atingirá a meta de produção de jatos 737 MAX em 2024, disseram analistas das agências de classificação de risco Moody's e S&P à Reuters, afirmando que a empresa enfrenta desafios.

A meta da Boeing é produzir 38 jatos MAX por mês até o final de 2024, em comparação com 25 unidades montadas em julho.

Mas a Moody's e a S&P disseram que essa meta pode não ser atingida até 2025 devido a riscos como possíveis interrupções de trabalho nas instalações da fabricante de aviões na área de Seattle. A Boeing, no entanto, não enfrenta nenhum risco imediato de rebaixamento de nota de crédito, o que reduziria sua recomendação para o nível de "junk", disseram as duas agências.

Jonathan Root, principal analista da Boeing na Moody's, estima que a fabricante de aviões encerrará 2024 produzindo 32 jatos MAX por mês e atingirá a meta de 38 no segundo semestre de 2025. "Continuamos em um estado de espírito de 'mostre-me'", disse ele.

A produção e as entregas do MAX, que são acompanhadas de perto por investidores e companhias aéreas, sofreram uma desaceleração após a explosão em 5 de janeiro de um painel em pleno voo de um 737 MAX 9 novo da Alaska Airlines (NYSE:ALK), que expôs problemas de controle de qualidade de longa data na Boeing.

A companhia diminuiu a produção para poder melhorar a qualidade, mas a redução na montagem e nas entregas afetou o fluxo de caixa. A Boeing queimou cerca de 8,3 bilhões de dólares em caixa no primeiro semestre e estima que o fluxo de caixa livre será negativo este ano, sobrecarregando seu balanço patrimonial.

"Vemos riscos para atingir esse número (38), incluindo negociações trabalhistas e o histórico da empresa de não cumprir as metas", disse Ben Tsocanos, diretor aeroespacial da S&P Global Ratings.

"Consideramos que o aumento e a estabilização da produção do MAX são necessários para a geração de fluxo de caixa livre, que é, em última análise, o que nos interessa para mantermos a recomendação."

Tanto a S&P quanto a Moody's classificam a Boeing um nível acima do status de "junk".

Em resposta a um pedido de comentário, a Boeing se referiu às recentes falas de seu diretor financeiro, dizendo que a produção deveria aumentar no segundo semestre para atingir 38 aviões por mês até o final do ano.

O novo presidente-executivo da Boeing, Kelly Ortberg, ainda não discutiu publicamente nenhum plano de produção para a empresa. Os analistas da William Blair disseram que o novo presidente pode reduzir a meta de produção para priorizar a qualidade.

A Spirit AeroSystems, que está prestes a ser adquirida pela Boeing, tem o papel principal de apoiar o aumento da produção, disse Root. A empresa produz a fuselagem do 737 que é usada para fabricar os aviões acabados nas instalações da Boeing em Washington.

A Spirit enviou 27 fuselagens para a Boeing no trimestre encerrado em junho, apesar de produzir 31 por mês. Desde março, a Boeing tem inspecionado pela primeira vez as novas fuselagens na fábrica da Spirit em Wichita, no Kansas, e o processo de verificação tem levado mais tempo do que o esperado, disse à Reuters uma fonte do setor familiarizada com o assunto.

Enquanto isso, a incerteza persistente sobre as entregas de aeronaves da Boeing deixou as companhias aéreas mais cautelosas no planejamento de seus cronogramas. A empresa norte-americana de baixo custo Allegiant, cliente da Boeing, disse no mês passado que espera uma "cadência de entrega mais lenta" da fabricante de aviões em 2025 e 2026.

Quando a Allegiant fez um pedido de 50 aviões 737 MAX em 2022, rejeitando ofertas da tradicional fornecedora Airbus (EPA:AIR), ela esperava receber 10 dos jatos em 2023, 24 em 2024 e 16 em 2025. No entanto, ainda está aguardando sua primeira aeronave MAX. O avião agora é esperado para setembro, informou a companhia aérea no mês passado.

(Reportagem de Allison Lampert, em Montreal, e Rajesh Kumar Singh, em Chicago)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.