Por Senad Karaahmetovic
As ações da Tesla (BVMF:TSLA34)(NASDAQ:TSLA) esboçaram uma tímida recuperação ontem, após vários dias de intensa pressão de vendas. Mas, no pregão de hoje, os papéis da fabricante de veículos elétricos subiam 7,2% às 12h de Brasília, com analistas do sell-side ainda recomendando que os clientes aproveitassem a correção recente para se posicionar na empresa.
Analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) foram os últimos a ressaltar que a queda criou uma oportunidade de compra nas ações da Tesla. Eles reiteraram a classificação de “overweight” (acima da média) para os papéis da empresa, mas cortaram o preço-alvo em US$ 80, para US$ 250.
“Acreditamos que a Tesla pode ampliar sua liderança no segmento de veículos elétricos no exercício fiscal de 2023, mesmo sem considerar os benefícios tributários decorrentes da lei anti-inflação nos EUA”, escreveram em nota.
Os estrategistas do banco reiteraram sua posição de que 2023 deve ser um ano de “reset” para o mercado de veículos elétricos, na medida em que a oferta deve superar a demanda.
“Nesse ambiente, acreditamos que os players que conseguem se autofinanciar, ou seja, não dependem de capital externo, com escala demonstrada e liderança de custo ao longo da cadeia de valor devem ser os vencedores”, acrescentaram.
Os analistas veem um ponto de entrada atraente na Tesla, à medida que o papel se aproxima do novo ponto de baixa do Morgan Stanley: US$ 80 por ação. O ponto anterior de baixa era de US$ 150 por ação. Dado que as ações da Tesla são negociadas em torno de US$ 121 nesta quarta-feira, o papel está sendo negociado com desconto em relação ao cenário de baixa anterior do Morgan Stanley.
A redução do preço-alvo reflete as estimativas de cortes nas entregas no 4º tri. Os analistas do Morgan Stanley agora esperam que a Tesla entregue cerca de 399 mil unidades, aproximadamente 30 mil abaixo do consenso.
As ações da Tesla disparavam 7,82% por volta das 12h37 desta quinta, cotadas a US$ 121,52.