By Vlad Schepkov
Um analista do Morgan Stanley (NYSE:MS) cortou pela metade o preço-alvo da FedEx (BVMF:FDXB34)(NYSE:FDX), de US$ 250 para US$ 125, mantendo a recomendação neutra, após a empresa emitir recentemente um alerta em relação ao lucro.
Em uma nota para os clientes, o Morgan Stanley faz um paralelo entre os resultados e as projeções abaixo das expectativas. A FDX apurou um LPA de US$ 3,44, contra o consenso de US$ 5,14, e retirou sua projeção para todo o ano, devido à fraqueza na China e na Europa, além dos eventos do fim de 2018-2019, quando o consenso para o LPA recuou quase 50% ao longo de alguns trimestres, assim como a ação”.
O analista alertou ainda que as “ações de custo de alta visibilidade já estão incorporadas na linha de base e, por isso, não se esperam ventos favoráveis para a receita em breve”. Ele também alertou para a extrema volatilidade dos resultados da FDX nos últimos cinco anos e falta da confiança do mercado.
Dessa forma, ele acredita que os investidores precisam ter a confiança de que os números vão parar de cair primeiro e de uma determinação de um múltiplo adequado para que haja uma recuperação significativa da ação.
Depois que as ações da FedEx passaram pelo boom da pandemia, “o papel já está se aproximando do mesmo nível em que se encontrava em janeiro de 2020”.
O Morgan Stanley ressalta ainda que os atuais problemas não estão restritos à FDX, mas a uma “reversão à media pós-pandemia, bem como a uma desaceleração macro”, na medida em que expressa as mesmas preocupações com a maior concorrente da companhia, a UPS (BVMF:UPSS34)(NYSE:UPS). “A reversão à média e a desaceleração macro terão um impacto direto na UPS nos próximos trimestres”.
Em razão das preocupações macro em toda a indústria, o analista acredita que é muito pouco provável que a UPS consiga superar tais preocupações, sugerindo mais quedas pela frente: “parece que a UPS está fora de sincronia por estar quase 35% acima dos níveis pré-pandemia”.
As ações da FedEx já recuaram quase 45% no acumulado do ano e 34% apenas nos últimos 30 dias, com os investidores se afastando do papel devido aos resultados decepcionantes. A UPS, por outro lado, “só” caiu 24% em 2022.