Berlim, 26 abr (EFE).- A "ofensiva" empreendida do Bayern de Munique no mercado de transferências, que já resultou nas contratações do meia Mario Götze, do Borussia Dortmund, e do zagueiro Jan Kirchhoff, do Mainz 05, tem sido alvo de críticas por parte de rivais.
"A maneira como está se comportando o Bayern não é digna de um campeão alemão", garantiu nesta sexta-feira o diretor-geral do Mainz 05, Christian Heidel, em um debate promovido pelo jornal "Frankfurter Rundschau".
Hans-Joachim Watzke, que ocupa o mesmo cargo no Borussia Dortmund, se disse decepcionado por não ter recebido nem mesmo uma ligação de dirigentes do time de Munique, após o pagamento da cláusula rescisória que garantiria a transferência do jogador.
No caso de Kirchhoff, o dirigente do Mainz 05 garantiu que o comportamento dos dirigentes do Bayern foi o mesmo. "Ainda estou esperando uma ligação para que me digam que o contratado", explicou.
Quem saiu em defesa ao time bávaro foi o diretor-geral do Schalke 04, Horst Heldt. "Não tenho direito de começar um debate moralista. É algo que acontece com frequência. Em alguns contratos há cláusulas de rescisão e não há porque se surpreender quando fazem uso delas", explicou.
A nova polêmica envolvendo o Bayern de Munique gira em torno do atacante polonês Robert Lewandowski, também do Dortmund. Hoje, o clube bávaro negou as informações de que já tenha qualquer contrato assinado com o jogador, seja para esta ou para a próxima temporada.
Atual técnico do clube, Jupp Heynckes, defendeu a estratégia do clube. "Sempre disse que precisamos contratar jogadores de primeira linha. Nós mesmos criamos as condições financeiras para conseguir isso", disse, em entrevista coletiva.
Outra preocupação que começa a surgir na Alemanha é que o campeonato nacional seja ameaçado pela superioridade do Bayern, que acontece paralelamente ao enfraquecimento dos rivais. "Espero que o Campeonato Alemão não volte a ser aborrecido, com duas equipes que disparando e o resto só olhando de longe", disse Armin Veh, técnico do Eintracht Frankfurt. EFE