OSLO (Reuters) - A produtora de alumínio Norsk Hydro disse, neste domingo, que não encontrou evidências de que houve derramamento de rejeitos no meio ambiente perto da refinaria de alumina Alunorte, no Estado do Pará, e afirmou que as instalações estavam operando normalmente.
Na sexta-feira, promotores federais e estaduais do Brasil recomendaram a suspensão imediata das atividades da unidade em um dos seus depósitos de rejeitos bauxita, alegando que houve um derramamento de resíduos, depois de uma forte chuva entre 16 e 17 de fevereiro, que afetou comunidades no município de Barcarena.
A Alunorte é a maior refinaria de alumina, transformando bauxita em alumina, o que é transformado em alumínio em gigantes fundidores.
A norueguesa Norsk Hydro negou que houve derramamento.
Inspeções internas e externas não encontraram provas de transbordamentos ou vazamentos do depósito de resíduos de bauxita da Hydro Alunorte", disse a empresa, no seu site, neste domingo.
"A água foi coletada, canalizada e tratada na estação industrial de tratamento", disse a Norsk Hydro, acrescentando que a produção de alumina não foi impactada.
A Norskh Hydro disse que formou uma força-tarefa para estabelecer os fatos e continuaria a cooperar com todas as autoridades relevantes, afirmou o comunicado.
Em uma entrevista coletiva na sexta-feira, o procurador-geral do estado do Pará, Ricardo Negrini, disse que "não havia dúvidas" de que havia acontecido um vazamento, mas que ainda não havia dados sobre as causas e a escala das consequências do incidente.
Fundada em 1995, a Alunorte produz 5,8 milhões de toneladas métricas de alumina por ano, de acordo com o site da Norsk Hydro.
Em média, 14 por cento da produção da Alunorte fica no Brasil, enquanto 86 por cento é exportada para o Oriente Médio, América do Norte e Europa, afirmou.
(Por Gwladys Fouche)