Investing.com – A Natura (BVMF:NTCO3) , que passa por um processo de reestruturação de suas operações, com maior integração logística, apresenta balanço referente ao quarto trimestre do ano passado na próxima segunda-feira, 11.
Ao avaliar as perspectivas para o setor de varejo, a XP Investimentos (BVMF:XPBR31) informou que espera sinais de melhora nas histórias de reestruturação e transformação, como a Natura, ainda que com efeitos não recorrentes, com “alguns ruídos no quarto trimestre, porém tendências sólidas à frente”, segundo relatório.
Com os desafios da Onda 2 e a desvalorização cambial da Argentina, o período deve ser “um pouco nebuloso”, de acordo com a XP, mas com alguns avanços em produtividade e rentabilidade. Os próximos passos da companhia seriam a integração logística no Brasil. Enquanto os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para a Natura estariam em expansão, os da Avon estariam mais modestos em meio ao processo de reposicionamento da marca.
A companhia vem avaliando seus movimentos. Após a venda da Aesop e The Body Shop, a Natura estuda a separação da operação da Avon em duas companhias independentes de capital aberto, o que desbloquearia valor, de acordo com a Natura, que continuaria a operar com ambas as marcas na América Latina.
Também em relatório recente, o BTG (BVMF:BPAC11) recorda que a companhia havia focado, nos últimos anos, em uma expansão internacional agressiva, com a compra da Aesop em 2012, da The Body Shop em 2017 e da Avon em 2019, o que elevou sua alavancagem e levou a dois aumentos de capital para fortalecer a posição de caixa e diminuir a dívida.
Projeções trimestrais
A Natura encerrou o terceiro trimestre do ano passado com lucro líquido consolidado de R$ 7,024 bilhões, revertendo prejuízo de R$ 559,8 milhões em igual intervalo de 2022, diante da venda da Aesop, concluída no período.
Para o quarto trimestre, a plataforma InvestingPro projeta um lucro por ação (LPA) de R$0,099 para a Natura, com uma receita esperada de R$8,269 bilhões.
O banco Santander (BVMF:SANB11) estima receitas de R$7,59 bilhões para a Natura, desconsiderando a The Body Shop e Aesop, uma baixa anual de 5,7%. Do montante, seriam R$5,724 para Natura&Co Latam e R$1,825 bilhão para Avon Internacional. O Ebitda ajustado deve rondar R$768 milhões, uma valorização de 47,2%, enquanto a expectativa é de um lucro líquido ajustado de R$153 milhões, contra um prejuízo de R$49 milhões reportado no mesmo período do ano anterior.
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