Investing.com – Após a Natura (BVMF:NTCO3) realizar uma teleconferência para atualizar os investidores sobre a implementação em curso da Onda 2, iniciativa que visa aumentar a integração de suas marcas Natura e Avon, o banco Goldman Sachs (NYSE:GS) apontou que os riscos de implementação permanecem.
O banco lembra que a iniciativa foi lançada pela primeira vez na Colômbia e no Peru no segundo trimestre deste ano, e a administração compartilhou seus resultados preliminares desses mercados antes do lançamento planejado para o Brasil no terceiro trimestre.
O GS enxerga os planos da Onda 2 como o caminho apropriado para melhorar a lucratividade na América Latina. “Este é um passo inevitável para remover a exposição da Natura a representantes de baixa produtividade da marca Avon. Esses clusters de representantes (chamados Star 1 e Star 2), que possuem margem de contribuição negativa, representaram cerca de 40% das vendas da Avon em 2022 e provavelmente uma quantidade ainda maior do total de consultores de beleza”.
Segundo o banco, os riscos envolvem o grau exato de redução no canal e as receitas combinadas, que são difíceis de prever. “Isso pode levar a alguma rotatividade indesejada em representantes que vão além do que a administração está almejando e levar a desalavancagem de resultados operacionais”, pondera o banco, citando ainda riscos associados à integração logística.
O GS possui recomendação neutra para as ações da Natura, com preço-alvo de R$14.
Às 14h (de Brasília), as ações da Natura perdiam 3,22%, a R$15,95.