EXCLUSIVO-Moraes diz que bancos podem ser punidos se aplicarem sanções dos EUA a ativos brasileiros
O setor de seguros enfrenta um pagamento significativo após o naufrágio do superiate Bayesian no início deste mês. A tragédia, que tirou a vida do empreendedor de tecnologia Mike Lynch e outras seis pessoas, deve custar às seguradoras pelo menos US$ 150 milhões, de acordo com estimativas iniciais de especialistas do setor. A embarcação de bandeira britânica, que media 56 metros de comprimento, sucumbiu a uma tempestade antes do amanhecer enquanto estava ancorada na costa norte da Sicília em 19 de agosto.
O iate, avaliado em aproximadamente US$ 40 milhões, estava segurado contra danos físicos pela OMAC e um consórcio que incluía Travelers Companies Inc (NYSE:TRV), Navium Marine e Convex. Além disso, seu seguro de proteção e indenização (P&I), cobrindo responsabilidades de terceiros como danos ambientais e lesões ou morte, foi subscrito pela British Marine.
Acredita-se que o seguro do casco esteja próximo ao valor de custo do iate, enquanto a cobertura P&I deve ser significativamente maior. Marcos Alvarez, da Morningstar DBRS, sugere que a apólice P&I pode variar de US$ 200 a US$ 300 milhões, potencialmente cobrindo pagamentos de responsabilidade mesmo em casos de negligência da tripulação.
Uma investigação em andamento conduzida por promotores em Termini Imerese, perto de Palermo, está analisando as ações do capitão e de dois membros da tripulação. A investigação é minuciosa e não implica culpa ou que acusações formais serão feitas, com o processo incluindo o resgate dos destroços.
As estimativas do valor do iate e da cobertura do seguro variam entre os profissionais do setor. Oscar Seikaly, CEO do NSI Insurance Group, estimou o valor do casco entre US$ 40 e US$ 70 milhões, mas indicou que a cobertura P&I pode não exceder US$ 100 milhões. Francesco Dubbioso, da Alta Signa Europe, avaliou o superiate entre US$ 30 milhões e US$ 40 milhões e confirmou que o seguro P&I cobriria a recuperação da embarcação.
O desastre do Bayesian levantou preocupações no setor de seguros de iates, que já vinha lidando com o aumento de perdas relacionadas a furacões nos últimos anos.
As seguradoras responderam aumentando as taxas de prêmios e reduzindo os limites de cobertura, com as taxas nos EUA e no Caribe subindo de quatro a cinco vezes nos últimos dois anos. O alto custo do seguro chegou a levar potenciais compradores a desistirem de aquisições, conforme relatado por Seikaly.
O incidente se soma aos desafios enfrentados pelas seguradoras, que vêm ajustando suas taxas e diretrizes em resposta aos riscos. As perdas têm sido tipicamente devido a eventos climáticos severos na América do Norte, Caribe e Europa. Espera-se que as mudanças climáticas impactem ainda mais o setor, com a probabilidade de ocorrência de eventos mais imprevisíveis.
A Reuters contribuiu para esta reportagem.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.