Ibovespa tem alta modesta com GPA e Eneva em destaque; BB recua
Por Luciana Magalhaes e Gabriel Araujo
SÃO PAULO (Reuters) - As conversas para que a Novonor venda o controle acionário da petroquímica Braskem (BVMF:BRKM5) para um fundo apoiado pelo empresário Nelson Tanure continuam, apesar do fim do prazo de 90 dias para negociações exclusivas, disse a Braskem em comunicado ao mercado mais cedo nesta sexta-feira.
A janela de exclusividade foi encerrada sem que ambas as partes tenham chegado a um acordo para isentar o fundo de eventualmente ter de pagar por danos relacionados ao afundamento de solo em Maceió.
Uma fonte familiarizada com o fundo de investimento Petroquímica Verde, ligado a Tanure, disse à Reuters que nenhum acordo será assinado até que se tenha certeza de que os passivos ambientais da Braskem não serão transferidos para os novos parceiros e credores.
No início deste mês, Tanure disse em uma declaração à Reuters que um acordo com as entidades envolvidas no desastre era uma "condição sine qua non" para o negócio.
Uma segunda fonte próxima às negociações confirmou que a resolução da questão da responsabilidade ambiental é, desde o primeiro dia, fundamental para o avanço das negociações com Tanure.
A decisão da Novonor de continuar as negociações com a Tanure mantém a porta aberta para um acordo, mas "envia um sinal importante aos bancos que estavam desconfortáveis com a situação", acrescentou a fonte.
Enquanto isso, a empresa de private equity IG4 Capital está trabalhando para lançar uma oferta rival pelo controle acionário da Braskem, com o objetivo de consolidar a dívida bancária da Novonor e trocá-la por ações da Braskem, disseram fontes.
As ações da Braskem fecharam em alta de 4% nesta sexta-feira ante valorização de 2,6% do Ibovespa.