A Oi (BVMF:OIBR3), em recuperação judicial, registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 2,787 bilhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 120% na comparação anual.
O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) reportado ficou negativo em R$ 204 milhões de janeiro a março, contra resultado positivo de R$ 216 milhões um ano antes.
A receita líquida da "Nova Oi" - como é chamada a empresa após a venda das redes móveis para TIM (BVMF:TIMS3), Vivo e Claro - teve queda de 12,9% no período, somando R$ 2,181 bilhões.
Segundo a companhia, o desempenho é resultado da combinação de queda acelerada nos serviços não-core, que englobam as receitas dos serviços legados de cobre no segmento varejo, de atacado regulado, bem como de TV DTH e das subsidiárias, diante da queda nos serviços tradicionais da Oi Soluções.
A receita líquida da Oi Fibra exibiu leve queda de 0,4% no comparativo anual, para R$ 1,099 bilhão. Segundo a empresa, o desempenho próximo ao dos três primeiros meses de 2023 foi suportado por uma base robusta, de 4,043 milhões de casas conectadas no período, número 1,1% acima do observado há um ano.
Com isso, a Oi Fibra garantiu novamente posição de liderança no mercado nas regiões onde atua, com 26,8% de market share, com presença em quase 300 cidades, disse a companhia, no release que acompanha os resultados.
Por outro lado, a Oi elevou os custos e as despesas de rotina em 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 2,383 bilhões, impulsionado pelo custo e despesa de aluguel e seguros, que somou R$ 1,085 bilhão, uma alta de 25,9% na base anual.
Por sua vez, a linha de depreciação e amortização dos ativos ficou negativa em R$ 238 milhões, total 25,3% abaixo do apurado no primeiro trimestre do ano passado, resultou do impairment de ativos associados à operação não-core no quarto trimestre de 2022 e de 2023. Mesmo com o novo arrendamento de torres para os serviços da concessão da fixa, iniciado no terceiro trimestre do ano passado, após a conclusão da venda desses ativos.
O fluxo de caixa operacional da Oi exibiu um grande salto, saindo da cifra negativa de R$ 26 milhões no primeiro trimestre de 2023 para consumo de R$ 341 milhões entre janeiro e março. Ao fim do período, a Oi tinha uma dívida líquida de R$ 25,367 bilhões, montante 21,1% maior do que o visto no mesmo período do ano passado. Enquanto a dívida bruta cresceu 20,7%, para R$ 27,457 bilhões na mesma base de comparação.