Por Gabriel Codas
Investing.com - Antes mesmo do leilão e demais definições sobre o 5G no Brasil, as operadoras de telefonia móvel já lançam a tecnologia no país, de forma bastante restrita. A previsão é que o certame das frequências específicas, de 3,5 gigahertz (GHz), a ser feito pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), aconteça no primeiro semestre de 2021. Enquanto isso, as companhias utilizam as frequências que já possuem e que estão com pouco uso.
No próximo dia 24, a Vivo, controlada pela Telefônica Brasil, irá fazer o lançamento de sua rede 5G DDS, que significa compartilhamento dinâmico de espectro. O que representa que que tecnologias diferentes podem dividir a mesma frequência.
De acordo com reportagem do Valor, esse padrão a ser utilizado não possui os mesmos recursos que estarão na frequência que será destinada exclusivamente para 5G no leilão. O ganho principal agora é em relação à velocidade, que dobra, saindo de 40 megabits por segundo (Mbps) a 50 Mbps, para 100 Mbps. Já no espectro puro de 5G, a velocidade pode crescer cerca de cem vezes.
A pioneira no serviço foi a Claro, que lançou o 5G DDS no começo do mês em bairros do Rio de Janeiro e São Paulo. Já a TIM (SA:TIMP3) anunciou sua nova rede para setembro nas cidades de Bento Gonçalves (RS), Itajubá (MG) e Três Lagoas (MS). No caso da Algar, o lançamento está previsto para 2021 e a Oi (SA:OIBR3) ainda avalia a operação pelo modelo.
A rede da Vivo com a nova tecnologia chegará até o fim do mês a oito cidades: São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba e Porto Alegre.
O presidente da Anatel, Leonard Euler de Morais, destacou informe da agência que, em junho, atualizou requisitos técnicos que permitirão às prestadoras implantar redes com a tecnologia 5G usando equipamentos que operam nas faixas que elas já utilizam para 3G e 4G.