Por Michael Elkins
Investing.com - Operários que ajudaram a construir a gigafactory da Tesla (NASDAQ:TSLA) (BVMF:TSLA34) abriram uma queixa junto ao Departamento de Trabalho dos EUA, na terça-feira, a fim de denunciar as condições de exploração a que foram submetidos durante a obra. Os trabalhadores alegaram que foram submetidos a condições de insegurança e ainda possuem salários pendentes desde o Dia de Ação de Graças do ano passado.
Os trabalhadores afirmam que as empresas subcontratadas falsificaram as credenciais necessárias e não exigiram que os operários concluíssem os treinamentos sobre seus direitos de saúde, segurança e trabalho.
Os operários também declararam que foram forçados a trabalhar em condições de insegurança, com terrenos encharcados e fios expostos. Um deles inclusive teria dito à esposa: “Eu vou morrer nesta fábrica”.
Outros denunciantes também relataram o que descrevem como “roubo de salários” e dizem que não foram pagos ou não receberam a remuneração devida por hora extra na fábrica de alta tecnologia.
“Ninguém merece o que aconteceu na gigafactory”, declarou Victor, um dos operários que não revelou seu sobrenome, com medo de retaliação, em uma entrevista ao jornal britânico The Guardian sobre as condições de trabalho, acrescentando: “Não acho que foi humano”.
Victor afirma que sua equipe foi orientada a trabalhar na cobertura metálica da fábrica à noite sem iluminação, em cima de turbinas que emitiam fumaça, sem máscaras de proteção e se submeteram a condições de risco sem receber informações básicas de segurança.
A Tesla desconhece tais violações de segurança. A fábrica da empresa em Fremont, Califórnia, ultrapassou outras grandes fábricas de automóveis dos EUA por violações na Administração de Saúde e Segurança Ocupacional, incorrendo em multas de mais de US$ 236.000 entre 2014 e 2018. Trabalhadores da fábrica da empresa fora de Reno também sofreram vários ferimentos, incluindo amputações.
Os papéis da empresa fecharam o pregão de ontem com uma alta de 1,82%.