SÃO PAULO (Reuters) - A empresa do setor naval OSX (SA:OSXB3) disse que decidiu instaurar procedimento interno para apurar denúncias de supostas irregularidades em operações envolvendo o consórcio Integra, no qual tem participação, após matérias na mídia afirmarem que a companhia participou do esquema de pagamentos de propinas na Petrobras (SA:PETR4) investigado pela Operação Lava Jato.
Segundo matérias da mídia, o ex-gerente da área Internacional da Petrobras Eduardo Musa, que fechou acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato, afirmou que houve pagamentos ilícitos na contratação da montagem de módulos de plataformas da Petrobras, em 2012, com a participação das empresas Mendes Júnior e OSX, reunidas no consórcio Integra. Musa trabalhou como diretor de construção naval da OSX.
"A administração da OSX reuniu-se na data de hoje (quarta-feira) e decidiu instaurar um procedimento interno para apurar, dentro de suas possibilidades, a veracidade dos fatos relatados", disse a empresa em comunicado na noite de quarta-feira.
"A atual administração da OSX ressalta que conduz os negócios da companhia e de suas subsidiárias sempre em observância das melhores práticas de mercado e não coaduna com qualquer eventual prática de atos em desconformidade com a lei", acrescentou.
A OSX, que tem o empresário Eike Batista como presidente do Conselho de Administração, possui participação indireta de 49 por cento no consórcio. De acordo com as reportagens na mídia, Musa não soube dizer se Eike sabia do pagamento de propinas.
(Por Priscila Jordão)