Por Danielle Broadway
LOS ANGELES (Reuters) - Após três meses em greve, roteiristas de Hollywood expressaram otimismo nesta quarta-feira sobre a reabertura de negociações de contratos com os principais estúdios e sobre possibilidade voltarem ao trabalho em semanas.
Detalhes da última proposta da Aliança de Produtores de Televisão e Cinema (AMPTP, na sigla em inglês), grupo que representa Walt Disney (NYSE:DIS), Netflix (NASDAQ:NFLX) e outros grandes estúdios e serviços de streaming, continuam envoltos em segredo. Ainda assim, membros do Sindicato de Roteiristas da América (WGA, na sigla em inglês) veem motivos para nutrir esperança.
"Estou me sentindo cautelosamente otimista. Eu estava aqui na greve de 2007, 2008, e as conversas podem ser bem vagarosas, elas podem ser interrompidas ou, se apresentarem um acordo de verdade, podem andar bem rapidamente", disse a roteirista de “Flashpoint”, Pam Davis, à Reuters, no lado de fora dos estúdios da Amazon (NASDAQ:AMZN) em Culver City.
"Então, estou meio que no grupo que acha voltaremos a trabalhar em setembro", acrescentou.
"Mas se não voltarmos, estamos ok com isso. Se não for o acordo certo, não vamos aceitá-lo", acrescentou.
Os roteiristas entraram em greve em 2 de maio por um impasse sobre compensações, contratações mínimas em salas de roteiristas, pagamentos residuais e restrições à inteligência artificial. Eles receberam a companhia de membros do Sindicato dos Atores em 14 de julho, interrompendo efetivamente a produção de televisão e cinema roteirizados dos EUA.
No que pode ser um sinal de progresso em uma disputa trabalhista que já dura meses, negociadores do Sindicato dos Roteiristas e da AMPTP discutiram a mais recente proposta de contrato na última terça-feira, após mais de 100 dias de greve.
(Reportagem de Danielle Broadway)