Os contratos futuros de ouro fecharam em alta nesta sexta-feira, 27, apoiados pela queda dos juros dos Treasuries, à medida que investidores monitoram as perspectivas para o aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega marcada para junho encerrou a sessão com ganho de 0,20%, a US$ 1.851,30 a onça-troy, com avanço de 0,50% na semana. Já o contrato para agosto, agora o mais líquido, subiu 0,18% hoje, a US$ 1.857,30 a onça-troy.
A desaceleração da inflação medida pelo PCE e sólidos gastos com consumo nos Estados Unidos aliviaram, por ora, os temores de estagflação. A plataforma de monitoramento CME continua apontando mais de 90% de probabilidade de que o Fed suba juros em 50 pontos-base na próxima reunião.
"Vimos recentemente uma mudança tênue, mas notável, nas comunicações do Fed, com alguns dirigentes sugerindo a opção de reduzir ou pausar o aperto no final do ano", ressalta o Bank of America (NYSE:BAC).
Em meio a isso, os retornos dos Treasuries recuaram e ajudaram a sustentar o ouro, uma vez que ambos competem como reserva de segurança. Visto que o metal não rende juros, investidores tendem a preferir a renda fixa quando há uma escalada dos yields.
O Julius Baer não acredita que a recente alta do ouro será sustentada. "Como não vemos a economia dos EUA entrando em recessão, a recente retomada da demanda por portos-seguros deve ser temporária, deixando pouca vantagem para os preços", explica.