Dólar se reaproxima dos R$5,60 impulsionado pelo exterior após acordo entre EUA e UE
NOVA YORK (Reuters) - A Paramount, empresa controladora da CBS, chegou a um acordo na terça-feira sobre uma ação judicial movida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por causa de uma entrevista com Kamala Harris transmitida em outubro.
A Paramount disse que pagará US$16 milhões para resolver o processo, com o dinheiro alocado para a futura biblioteca presidencial de Trump, e não pago a Trump "direta ou indiretamente".
"O acordo não inclui uma declaração de desculpas ou arrependimento", acrescentou o comunicado da empresa.
As ações da Paramount subiram 0,5% nas negociações pré-mercado nesta quarta-feira.
Trump entrou com uma ação judicial de US$10 bilhões contra a CBS em outubro, alegando que a rede editou de forma enganosa uma entrevista que foi ao ar em seu programa de notícias "60 Minutes" com a então vice-presidente e candidata presidencial Kamala Harris para "inclinar a balança em favor do Partido Democrata" na eleição. Em fevereiro, Trump aumentou seu pedido de indenização para US$20 bilhões.
A CBS levou ao ar duas versões da entrevista de Harris, nas quais ela parece dar respostas diferentes à mesma pergunta sobre a guerra entre Israel e Hamas, de acordo com a ação movida no tribunal federal do Texas.
A CBS disse anteriormente que a ação judicial era "completamente sem mérito" e pediu a um juiz que rejeitasse o caso.
A equipe jurídica de Trump elogiou o acordo na quarta-feira. "Com esse acordo recorde, o presidente Donald J. Trump oferece outra vitória para o povo norte-americano", disse um porta-voz.
Um porta-voz da presidente da Paramount, Shari Redstone, não estava disponível para comentar.
Trump alegou que a edição da entrevista pela CBS violou a Lei de Práticas Comerciais Fraudulentas e Proteção ao Consumidor do Texas, que torna ilegal o uso de atos falsos, enganosos ou fraudulentos no comércio.
Grupos de defesa da mídia disseram que o novo uso de tais leis por Trump contra a imprensa poderia ser uma forma de contornar as proteções legais para a imprensa, que só pode ser responsabilizada por difamação contra figuras públicas se elas disserem algo que sabiam ou deveriam saber que era falso.
(Reportagem de Helen Coster e Jack Queen em Nova York, Trevor Hunnicutt em Washington, Kanjyik Ghosh e Surbhi Misra em Bengaluru)