O principal partido de oposição da Índia, o Congresso, pediu ao governo do primeiro-ministro Narendra Modi que aborde as preocupações sobre as práticas de contratação da Foxconn, um importante fornecedor da Apple (NASDAQ:AAPL), depois que surgiram relatos de discriminação contra mulheres casadas no emprego. A empresa taiwanesa, que opera uma importante instalação de produção de iPhone em Tamil Nadu, está sob escrutínio por supostamente excluir mulheres casadas de oportunidades de trabalho de montagem.
A representante do Congresso, Karti P. Chidambaram, em uma carta ao ministro do Trabalho, Mansukh Mandaviya, destacou que, embora o investimento estrangeiro seja essencial, ele não deve minar os valores culturais e as leis indianas. Ele destacou que a Foxconn se beneficia de incentivos consideráveis do governo federal e deve ser responsabilizada para garantir seu cumprimento dos padrões de emprego indianos.
A polêmica surgiu após uma investigação da Reuters que revelou o padrão da Foxconn de não contratar mulheres casadas para sua principal fábrica de iPhone na Índia, citando motivos como compromissos familiares, possíveis gestações e taxas mais altas de absenteísmo. Esta revelação provocou debates generalizados em todas as plataformas de mídia e motivou apelos de grupos de mulheres e partidos políticos, incluindo membros do próprio partido de Modi, para uma investigação completa.
Em resposta à investigação, que foi publicada na terça-feira, tanto a Apple quanto a Foxconn admitiram falhas em seus processos de contratação de 2022 e afirmaram que desde então tomaram medidas corretivas. Apesar dessas alegações, as práticas discriminatórias documentadas continuaram em 2023 e 2024 na fábrica de Sriperumbudur.
A Foxconn negou categoricamente qualquer forma de discriminação com base no estado civil ou outros motivos. A Apple também afirmou que seus fornecedores, incluindo a Foxconn, empregam mulheres casadas e que a empresa tem sido proativa na realização de auditorias mensais para manter altos padrões após as preocupações iniciais levantadas em 2022.
As práticas de contratação na Índia contrastam fortemente com as da China, onde os trabalhadores da Foxconn podem ganhar entre US$ 400 e US$ 800 por mês sem nenhum estado civil declarado ou requisitos de gênero. Essa discrepância levantou questões entre políticos indianos e ativistas trabalhistas sobre a justiça e a igualdade das políticas de emprego da Foxconn.
O Partido Comunista da Índia (marxista) e seu ramo, o Partido Comunista da Índia (marxista-leninista) Libertação, também expressaram suas objeções à abordagem de contratação da Foxconn, instando sindicatos e organizações democráticas a desafiar essas práticas discriminatórias. O governo de Tamil Nadu foi solicitado a fornecer um relatório detalhado sobre o assunto, enquanto o país lida com as implicações dessas alegações.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.