Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ADRs da Pearson (NYSE:PSO) dispararam 16,34% a US$ 10,11 às 14h07 desta sexta-feira (11) na Bolsa de Nova York, depois de a Bloomberg publicar que a Apollo Global Management (NYSE:APO) está avaliando uma oferta em caixa pela companhia de educação e publicações.
As ações tinham subido mais cedo pela manhã após uma publicação no blog Betaville sobre uma possível abordagem para a companhia.
A Apollo tem prazo até 8 de abril para anunciar a intenção firme de apresentar uma oferta ou desistir, pelas regras de aquisição do Reino Unido.
O maior investidor ativista da Europa, a Cevian Capital, detém atualmente 10,2% da Pearson, tornando-a o maior acionista da empresa.
Após ver sua tradicional atividade de publicação de materiais universitários diminuir, a empresa deu uma guinada para o digital, efetuando vendas diretamente para consumidores, através do aplicativo Pearson+, e para empresas em busca de qualificação de pessoal.
A empresa fechou dezembro com 2,75 milhões de usuários registrados em seu aplicativo, incluindo 133.000 assinaturas pagas. Ela adquiriu recentemente o Clutch Prep, um serviço de aprendizagem online baseado em vídeo para alimentar o Pearson+ com tutoriais em vídeo originais.
A demanda por serviços de avaliação e qualificação cresceu 19% no ano. O crescimento no setor de TI levou a um aumento de 19% em certificação profissional. A avaliação de estudantes dos EUA e de aprendizagem da língua inglesa aumentaram 17% cada, esta última beneficiando-se da recuperação tanto em cursos internacionais como no Teste de Inglês Pearson.
A empresa britânica registrou lucro operacional ajustado de £ 385 milhões (US$ 504 milhões) em 2021, sobre vendas de £ 3,42 bilhões. Ela espera que a receita de 2022 seja mais alta.
A companhia está confiante em alcançar £ 416 milhões em lucro operacional ajustado em 2022, em linha com as expectativas atuais do mercado. O segmento de ensino superior continuará sendo um fardo para as operações, embora a queda da receita deva se desacelerar este ano, segundo a companhia.
Ela espera que a pressão de preços continue devido à transição de livros impressos para ebooks e o Pearson+, além de pacotes exclusivamente digitais.