SÃO PAULO (Reuters) - O número de pedidos de recuperação judicial bateu a máxima em pelo menos uma década no primeiro trimestre, informou nesta terça-feira a empresa de informações de crédito Serasa Experian (LON:EXPN).
De janeiro a março, foram computados 409 pedidos, ante 191 na mesma etapa de 2015, e o pico desde o primeiro trimestre de 2006, após a nova Lei de Falências, que entrou em vigor em 2005.
Segundo economistas da Serasa Experian, esse movimento é provocado pelo prolongamento da recessão no país, aliado à elevação dos custos operacionais e financeiros.
As micro e pequenas empresas lideraram os pedidos de recuperação, com 229 pedidos, seguidas pelas médias (109) e pelas grandes companhias (71).
Em março apenas, foram registrados 158 pedidos de recuperação, alta de 110,7 por cento ante mesmo mês de 2015.
Já as falências tiveram 391 pedidos no trimestre, aumento ano a ano de 14,3 por cento. Desse total, 192 foram de micro e pequenas empresas, 98 de médias e 101 de companhias de grande porte. Em março, o número de pedidos de falência subiu 12,9 por cento na comparação anual, a 158.
(Por Aluísio Alves)