A Petrobras (SA:PETR4) anunciou, nesta terça-feira (28), um reajuste de 8,9% no preço médio de venda do diesel A para as distribuidoras, que entra em vigor amanhã (29). O valor passará de R$ 2,81 para R$ 3,06, um reajuste médio de R$ 0,25 por litro.
Considerando a mistura obrigatória de 12% de biodiesel e 88% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço do diesel na bomba passará a ser de R$ 2,70 por litro em média, uma variação de R$ 0,22.
Em comunicado, a estatal diz que os preços ficaram estáveis por 85 dias. “A empresa evitou o repasse imediato para os preços internos devido à volatilidade externa causada por eventos conjunturais”.
A petroleira afirma que o reajuste “reflete parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo e da taxa de câmbio” e que “é importante para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”.
Contexto
Os reajustes dos combustíveis tendem a pressionar os índices inflacionários, uma das razões do atual ciclo de alta dos juros, iniciado em março pelo Banco Central, além de elevar os custos com energia de empresas e famílias.
No mundo político, a disparada dos preços dos combustíveis serve de munição da oposição para desgastar o presidente Jair Bolsonaro, um ano antes da eleição presidencial de 2020.
Autoridades do governo federal costumam culpar os governadores pelo patamar elevado dos preços dos combustíveis, argumentando que os estados não abrem mão da arrecadação do ICMS, imposto estadual que incide sobre esses produtos.
As ações PN da Petrobras registravam alta de 0,30%, por volta das 12h00, cotadas a R$ 27,22, enquanto o Ibovespa registrava forte queda de 2,18%, aos 111.106 pontos. Os papéis da estatal já oscilaram entre uma mínima de R$ 26,99 (-0,55%) e uma máxima de R$ 27,89 (+2,76%). Em 12 meses, a cotação máxima da ação foi de R$ 29,97, enquanto a mínima no período está R$ 16,74, alcançada em 2020, após o início da pandemia da Covid-19, em março.