Investing.com - A Petrobras (SA:PETR4) virou para o negativo e tocou a mínima de 2017 na tarde desta segunda-feira em um dia negativo no noticiário e com o petróleo testando novas baixas de cinco meses.
A ação da petroleira opera com perdas de 0,5%, tendo passado a manhã trocando sinais, negociando por último a R$ 14,24. Mais cedo, o papel tocou na mínima de 2017 ao ser vendido a R$ 14,16, renovando o piso que havia sido estabelecido na quinta-feira passada.
No noticiário, O Globo afirma que a venda da BR Distribuidora poderá demorar até 18 meses, a depender da orientação que ainda será definida pelo TCU. O órgão ainda não marcou uma data para apreciar a determinação de novos procedimentos para que a Petrobras possa se desfazer de ativos dentro do seu programa de desinvestimento.
A BR Distribuidora é o principal ativo que está oficialmente incluído no programa de desinvestimento. A companhia pretende abrir mão do controle da distribuidora e arrecadar até R$ 12 bilhões, segundo o jornal.
Ainda no pano de fundo está a determinação da CVM de que a Petrobras reapresente o balanço desde 2013 para eliminar o efeito contábil do hegde. A petroleira recorreu da decisão e manteve a apresentação do balanço do quarto trimestre no dia 21, com o efeito do hedge.
No mercado internacional, o petróleo tem novo dia de volatilidade e busca recuperação após renovar as mínimas desde novembro. O barril do WTI é vendido estável a US$ 48,49, se afastando da mínima de US$ 47,92 da manhã. Já o Brent é vendido a US$ 51,45, ganho de 0,2%.
No radar da commodity está a crescente produção e atividade exploratória dos EUA, além dos recordes históricos de estoques no país, que pressionam o mercado e apontam para manutenção da sobreoferta mesmo com o corte da Opep.
Países da OPEP e externos à organização tiveram um sólido início em diminuir suas produções de petróleo em cerca de 1,8 milhão de barris por dia até o fim de junho, mas o movimento teve pouco impacto nos níveis dos estoques até o momento.
O Kuwait deve organizar uma reunião ministerial em 26 de março incluindo membros e não-membros da OPEP para rever a conformidade com o acordo de produção e discutir se os cortes devem ser estendidos para além de junho.