SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) informou nesta terça-feira que será postergado e parcelado um pagamento de 2,02 bilhões de reais referente ao benefício de pecúlio no âmbito da reestruturação dos planos Petros de previdência, ante expectativa inicial de que essa contribuição fosse à vista.
Segundo comunicado da empresa, a postergação e o parcelamento do pecúlio serão realizados conforme orientação contida no parecer da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) e "de acordo com as ações da Petrobras para reforçar sua resiliência, tendo em vista a preservação do caixa da companhia neste momento", em que a petroleira sofre impactos da queda na demanda em função da pandemia de coronavírus.
A Petrobras disse que obteve a aprovação pela Sest e pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) do Novo Plano de Equacionamento de Déficit (Novo PED) do sistema Petros.
A empresa disse ainda que a operacionalização do Novo PED ocorrerá a partir de junho de 2020 e o valor de responsabilidade da Petrobras será arcado por meio de contribuições extraordinárias ao longo da existência dos planos, no montante estimado de 13,6 bilhões de reais, conforme havia informado em março.
"O novo modelo é um marco na história desses planos, ao reduzir o impacto financeiro das contribuições extraordinárias de grande parte dos participantes e assistidos assim como o aprimoramento dos regulamentos dos planos, o que permitirá a revisão das contribuições normais", disse ainda a Petrobras.
Juntamente com a aprovação, a Sest e Previc solicitaram alguns ajustes no regulamento do Novo PED que serão implementadas no prazo de 360 dias, acrescentou a Petrobras.
(Por Roberto Samora)