Investing.com - A Petrobras (BVMF:PETR4) renovou o seu maior valor de mercado da história com avanço do petróleo no exterior de olho nos reflexos do conflito em Israel nesta quarta-feira (18). A petroleira chegou a R$ 525 bilhões em capitalização, superando o pico de R$ 520,6 bilhões registrado em 21 de outubro de 2022. Os dados foram levantados e divulgados pelo especialista Einar Rivero.
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Einar ressalta ainda que o valor de mercado de uma empresa é calculado com base no preço da ação na data do cálculo multiplicado pela quantidade de ações em circulação na mesma data. Nos últimos três trimestres, a Petrobras distribuiu R$ 73,8 bilhões em dividendos, o que normalmente reduz o valor de mercado da empresa, uma vez que as ações são corrigidas devido à distribuição de dividendos. Veja mais detalhes no gráfico a seguir:
Fonte : Einar Rivero
"Apesar dessas distribuições, o preço das ações preferenciais da Petrobras (PETR4) atingiu seu maior valor histórico, chegando a R$ 38,52, enquanto as ações ordinárias (BVMF:PETR3) também alcançaram seu pico histórico, com um valor de R$ 41,56.", completou o especialista.
Preços do petróleo ajudam
Para o analista André Perfeito, as ações da Petrobras seguem com ganhos expressivos devido ao posicionamento estratégico da companhia os reflexos da guerra na esteira da indefinição do cerco à Faixa de Gaza. "A estatal brasileira, bem como outras empresas do setor, servem como hedge aos ruídos vindos do Oriente Médio e a perspectiva é que ainda podem servir como “seguro” contra uma piora na região, afinal não há por enquanto horizonte de pacificação na região", avalia.
Contudo, o especialista sugere cautela e observação da escalada do conflito para definir os próximos passos. " [Sugiro cautela] até que seja zerada em parte os ganhos de curto prazo nesta posição, afinal o petróleo só vai subir caso a guerra se espalhe e por mais que o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas esteja longe de um final a ida de Biden à região, e em especial a presença de dois porta-aviões norte americanos no Mediterrâneo, sugerem que as outras nações da região não devem se envolver no conflitos"