Investing.com - No início da sessão desta terça-feira na bolsa paulista, as ações da Petrobras (SA:PETR4) operam em queda de 1,28% a R$ 26,19, com a retração do preço do petróleo nos mercados internacionais anulando notícias positivas para a companhia, como o Morgan Stanley (NYSE:MS) eleva ADR da estatal para 'overweight' elevando o preço-alvo para US$21,50.
Analistas do banco de investimentos elevaram a recomendação do American Depositary Receipt da ação ordinária da Petrobras para 'overweight' ante 'equal-weight', com o preço-alvo passando para 21,50 dólares versus 13,50 dólares, anteriormente, conforme relatório a clientes nesta terça-feira.
“Nós esperamos que a volatilidade continue alta nas próximas semanas, mas agora temos mais convicção de que a política energética permanecerá saudável em 2019”, afirmaram Bruno Montanari e Guilherme Levy, citando que o "upside" em termos de fundamento é atrativo.
Para o Morgan Stanley, o fim da eleição deve abrir o caminho para que o papel volte a ser negociado em razão de seus fundamentos. Apesar do forte ganho de Petrobras no mês passado, os analistas ainda veem um espaço de alta relevante, tendo como base preço do petróleo a 70 dólares o barril no longo prazo.
O dia, contudo, é de fortes perdas no mercado mundial com o Dow 30 recuando mais de 300 pontos aos 24.974 pontos, enquanto o S&P 500 recua 40 pontos aos 2.715 pontos e o Nasdaq perde 130 pontos a 7.338 pontos. O Ibovespa recua 1,4% aos 84.390 pontos.
O petróleo também segue em queda nos mercados internacionais, com o barril do tipo WTI recuando 2,10%, ou US$ 1,45, a US$ 67,72, enquanto o Brent cede 2,43%, ou US$ 1,94, a US$ 77,89.
Outra notícia positiva para a Petrobras foi que a companhia recebeu, até agora, mais de 3 bilhões de reais em restituições feitas por empresas e pessoas envolvidas em casos de corrupção investigados pela operação Lava Jato, apontaram dados compilados da companhia e do governo nesta segunda-feira.
O montante inclui pagamento de 549 milhões de reais realizado à Petrobras na sexta-feira pela maior empresa de afretamento de plataformas no mundo, a SBM Offshore, também uma das principais fornecedores da Petrobras.
O pagamento da SBM, que se soma aos mais de 2,5 bilhões de reais recebidos pela Petrobras até agosto, foi fruto de acordo de leniência com o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU), reiteraram a pasta e o órgão nesta segunda-feira.