Investing.com - Na manhã desta segunda-feira, a equipe do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou em nota que o economista Roberto Castello Branco aceitou convite para presidir a Petrobras (SA:PETR4) no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro.
No entanto, seguindo a cena externa negativa, e realizando depois da alta de mais de 6% nas duas últimas sessões, as ações da estatal recuam 0,70% a R$ 25,62, na abertura dos negócios de hoje.
Para a Mirae Asset, foi uma boa escolha. Eles destacam o bom trabalho do executivo enquanto esteve na Vale (SA:VALE3), avaliando como um grande profissional, que deverá fazer uma excelente gestão na Petrobras. A corretora segue recomendando a compra, com upside de 17%, lembrando que em caso de aprovação da cessão onerosa, a empresa deverá ser reprecificada.
Para os analistas, a Petrobras, pela cotação das ações PN está avaliada em mercado em R$ 353,3 bilhões e em caso de aprovação da cessão onerosa no Senado, deverá embolsar no mínimo R$ 30 bilhões, de acordo com notícia da imprensa.
Na visão da Coinvalores, além da formação liberal, o economista já defendeu publicamente a aceleração no programa de desinvestimento da Petrobras e se posicionou contra o controle de preços. A nomeação oficial só deve ocorrer em janeiro, e até lá, Ivan Monteiro segue à frente da estatal. O mercado deve receber a novidade de forma positiva.
O nome de Castello Branco apareceu entre os cotados para presidir a Petrobras ainda em outubro, logo após a vitória de Bolsonaro nas eleições. À época, ele já estava contribuindo com a equipe do novo governo e foi sondado informalmente para o cargo, sem demonstrar interesse imediato pela posição, segundo fontes ouvidas pela Reuters.
Dias depois, o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, se reuniu com a diretoria da Petrobras em um dos prédios da estatal no Rio de Janeiro e se disse "muito bem impressionado", o que levantou especulações acerca da continuidade de Monteiro na presidência.
O atual CEO disse no começo do mês não ter recebido convite da equipe de Bolsonaro, mas frisou que estava disposto a conversas.
Castello Branco é doutor em Economia pela Fundação Getulio Vargas e, atualmente, é diretor no Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico da FGV.