RIO DE JANEIRO (Reuters) - Funcionários da Petrobras da Bacia de Campos foram convocados pelo sindicato dos petroleiros da região para mobilizações na quarta-feira contra o Projeto de Lei 4330/04, que regulamenta os contratos de terceirização no país.
O Sindipetro Norte Fluminense acena ainda com a possibilidade de uma greve geral, caso o governo federal e o Congresso não cedam às reivindicações dos sindicalistas.
Em geral, greves de petroleiros não têm tido impacto relevante na produção nos últimos anos, uma vez que a Petrobras conta com equipes de contingência.
"Se a bancada dos patrões insistir neste golpe contra os trabalhadores, os petroleiros se colocarão juntos às demais categorias para construir uma greve geral", afirmou um manifesto apresentado pelo Sindipetro Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
A Câmara dos Deputados aprovou neste mês o texto principal do projeto de lei que regulamenta a contratação de trabalhadores terceirizados para todas as empresas.
"Exigimos que esta proposta nefasta seja derrubada no Senado ou por meio de veto presidencial", disse o Sindipetro-NF.
A Bacia de Campos atualmente representa mais de 70 por cento da produção de petróleo do país.
A convocação feita pelo Sindipetro-NF, filiado a Federação Única dos Petroleiros (FUP), segue orientação da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, explicou à Reuters que regulamentos impedem que as mobilizações de quarta-feira causem impactos na produção.
(Por Marta Nogueira)