Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta quinta, 29, na terceira queda consecutiva, em mais um dia no qual as perspectivas para o combate à covid-19 na China ganhou destaque. O avanço da doença com a reabertura no país gerou cautela, uma vez que a visão é de que os recentes passos para uma normalidade possam ser revertidos. Além disso, o dia contou com um avanço no registro semanal de estoques americanos da commodity.
O petróleo WTI para fevereiro fechou em baixa de 0,71% (US$ 0,56), a US$ 78,40 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para março, contrato agora mais líquido, fechou em queda de 0,63% (US$ 0,53), a US$ 83,46 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
As cotações continuam comendo o rali da semana passada, que colocou os preços perto da marca de US$ 80 o barril. "A incerteza em relação às perspectivas para a China lutando contra a covid-19, bem como o olho por olho entre o Ocidente e a Rússia sobre o petróleo, está derrubando os preços. Certamente, 2023 promete muitas surpresas e reviravoltas ao longo do caminho", diz Craig Erlam, analista da Oanda em uma nota.
O avanço da covid-19 em países asiáticos, sobretudo na China, no momento em que o país começa a afrouxar medidas de restrição preocupa investidores e analistas e adiciona ingredientes baixistas às previsões econômicas para o próximo ano. Hoje, os EUA informaram que viajantes vindos da China terão que apresentar teste negativo de covid-19 a partir de 5 de janeiro para entrar no país. A Índia adotará a mesma medida para viajantes vindos da China, Hong Kong, Japão, Coreia do Sul, Cingapura e Tailândia a partir do dia 1º de janeiro.
Já os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram alta de 718 mil barris, a 418,952 milhões de barris, na semana encerrada em 23 de dezembro, informou hoje o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam queda de 700 mil barris.
*Com informações Dow Jones Newswires.