Por Bart H. Meijer
AMSTERDÃ (Reuters) - A empresa holandesa de tecnologia de saúde Philips disse esperar que o crescimento das vendas se acelere até o fim do ano, após as encomendas nos Estados Unidos saltarem 9 por cento no segundo trimestre.
O melhor desempenho no seu maior mercado, além de alta de 15 por cento no lucro no segundo trimestre, para 439 milhões de euros, levaram as ações da Philips a subirem cerca de 4 por cento nesta segunda-feira.
A receita trimestral com vendas subiu 4 por cento na comparação anual, para 4,3 bilhões de euros.
O grupo, que separou a divisão de luzes no ano passado para focar em dispositivos médicos e produtos de saúde, advertiu que os mercados seguem globalmente voláteis e que a sua perspectiva geral para 2017 não mudou.
Na Europa Ocidental, as vendas da Philips subiram 8 por cento no segundo trimestre, mas as encomendas caíram 10 por cento. Contudo, o desempenho dos negócios nos Estados Unidos agradou investidores, já que o país responde por mais de um terço da receita do grupo.
Nos EUA, as vendas trimestrais cresceram 4 por cento, no ritmo mais rápido em mais de um ano, recuperando-se da queda de 2 por cento observada no primeiro trimestre.
"Nosso crescimento no fraco mercado norte-americano prova que estamos no caminho certo", disse o presidente-executivo da Philips, Frans van Houten, em entrevista à Reuters.
"De modo geral, ainda há muito incerteza nos EUA, segurando os investimentos de hospitais...mas estamos superando os concorrentes e ganhando participação de mercado", acrescentou o executivo.
Van Houten transformou o conglomerado em fabricante focada em equipamentos de saúde nos últimos cinco anos, vendendo as operações remanescentes de produtos de consumo, além de fazer a cisão da divisão de luzes.
O grupo registrou crescimento de 8 por cento em novas encomendas globalmente e van Houten disse que cerca da metade delas serão revertidas em receita antes do fim do ano. Enquanto isso, a redução de despesas deve continuar melhorando as margens de lucro.
Isso deve permitir uma expansão de 4 a 6 por cento das vendas em 2017, a taxas de câmbio constantes, e a elevação da margem Ebitda ajustada em cerca de 100 pontos-base, de acordo com a empresa.
(Por Bart Meijer)