Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente-executivo da plataforma digital de investimentos Pi, Felipe Bottino, trabalha com um cenário de consolidação na área de corretoras no Brasil nos próximos cinco anos, no qual vê a coligada do Santander Brasil (SA:SANB11) como protagonista.
"Nos vejo como consolidadores, temos fôlego para isso", afirmou à Reuters, destacando o recente ímpeto no setor investimentos, na esteira de perspectivas mais favoráveis para a economia brasileira e um ambiente de juros menores no país.
Ele argumentou que operações de aquisição no setor inflacionaram os valores de corretoras e plataformas, mas que uma esperada guerra de preços por clientes tende a motivar uma correção e levar a uma consolidação do mercado.
A própria Pi busca em preços menores um meio de atrair clientes em um universo com nomes já estabelecidos, como a XP Investimentos.
Lançada em março deste ano, a Pi oferece produtos de investimento para clientes de varejo, incluindo para aqueles de renda mais baixa. Os gestores da plataforma tem como objetivo conseguir até 1 milhão de clientes em quatro anos. De acordo com Bottino, o ritmo de captação está em linha com a meta. Ele não comentou o número atual de clientes.
A plataforma é administrada separadamente do restante do Santander Brasil e tem parcerias com os gestores locais de ativos Alaska Asset Management, TAG Investimentos, Vitreo Gestão de Recursos e Indosuez Wealth Management, além da divisão de banco de investimento do Santander Brasil.
Além da guarida para a sua plataforma de investimentos, o Santander Brasil também tem dado apoio a sua processadora de pagamentos, a GetNet, conforme o setor passa por competição acirrada.
Mais cedo nesta quinta-feira o banco lançou um serviço que permite que pequenos comerciantes processem pagamentos por meio de sua subsidiária sem precisar comprar a máquina leitora de cartões do banco.