Por Nick Carey e Ben Klayman
DETROIT, Estados Unidos (Reuters) - A General Motors (N:GM) divulgou nesta quarta-feira um lucro trimestral apoiado na venda de picapes e crossovers nos Estados Unidos, além de cortes de custos, e manteve previsões para 2019.
Todo o lucro da maior montadora de veículos norte-americana veio da América do Norte, onde a venda de modelos lucrativos ajudou a minimizar queda no número de unidades vendidas. As operações da GM na China e na América do Sul não contribuíram para a última linha do balanço do quarto trimestre.
"Não podemos continuar com nível de utilização de 70 por cento", disse a presidente-executiva da GM, Mary Barra, sobre a taxa de ocupação das fábricas da companhia. "Temos que melhorar isso...É uma transição pela qual temos que passar." Uma regra da indústria diz que montadoras de veículos perdem dinheiro quando suas fábricas operam abaixo de 80 por cento de sua capacidade.
A GM afirmou que o lucro operacional de 300 milhões de dólares na China no quarto trimestre foi minimizado por outros mercados globais. A empresa vendeu menos veículos na China, seu maior mercado em volume, e afirmou que moedas fracas na América do Sul também impactaram os resultados.
"Nosso panorama para a China no geral é de uma indústria de veículos estável no ano", disse o vice-presidente financeiro, Dhivya Suryadevara.
As vendas de veículos novos nos EUA este ano devem cair por causa de aumento de juros e competição do mercado de seminovos.
A GM teve lucro líquido de 2,1 bilhões de dólares no quarto trimestre, ou 1,40 dólar por ação, ante prejuízo de 5,2 bilhões, ou 3,65 dólar por papel, um ano antes. Em termos ajustados, a companhia teve lucro de 1,43 dólar por ação, ante expectativa de analistas de 1,22 dólar, segundo a Refinitiv IBES.
A empresa pretende ter lucro ajustado neste ano de entre 6,50 e 7,00 dólares por ação.