BERLIM (Reuters) - Os pilotos da Lufthansa na Alemanha anunciaram que vão estender a greve que começou nesta quarta-feira até sexta-feira, aumentando a pressão sobre a administração em uma longa disputa salarial e prometendo mais interrupções para os viajantes.
A greve já paralisou 1.800 vôos em uma das maiores empresas aéreas da Europa, afetando mais de 215 mil passageiros.
O Vereinigung Cockpit, sindicato dos pilotos, planejou uma greve de 24 horas na quarta-feira, mas na véspera disse que seria estendida até quinta, após dois tribunais rejeitarem tentativas da Lufthansa de parar a ação.
Nesta tarde, o sindicato disse que a greve continuaria na sexta-feira também, mas apenas para voos de curta distância.
"A administração da Lufthansa não mostrou nenhum sinal de que queria se movimentar e não providenciou uma oferta que poderia servir como base para negociações", disse o membro do conselho do sindicato Joerg Handwerg.
A Lufthansa, liderada pelo presidente-executivo Carsten Spohr, insiste que apesar do lucro recorde em 2015, a empresa não tem escolha a não ser reduzir custos para competir com rivais mais enxutas como Ryanair em rotas mais curtas e a Emirates em vôos de longa distância.
(Por Victoria Bryan; reportagem Peter Maushagen)