Investing.com - O novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, o PIX, que deve começar a funcionar em novembro e não irá cobrar taxas de indivíduos e microempresas, deve impactar em 8% as receitas advindas de tarifas de transferência dos grandes bancos brasileiros, segundo o Moody’s. As informações são de relatório da última terça-feira (6).
O PIX, por sua rapidez e isenção de taxas, será um concorrente direto dos TEDs e dos cartões de débito.
O novo sistema chega em um momento em que os bancos já estão tendo de enfrentar taxas de juros historicamente baixas e pressão nas margens de juros líquidas e na lucratividade causada pela pandemia de Covid-19.
Segundo o Moody’s, a margem de lucro líquido de ativos tangíveis dos bancos brasileiros medida pela companhia estava em 0,9% em junho de 2020, abaixo da média de 1,4% vista entre 2017 e 2019. Além disso, as despesas com provisões, que cresceram 45% no primeiro semestre de 2020, também devem pressionar a lucratividade, segundo o relatório.
Apesar de os grandes bancos poderem cobrar taxas de empresas que usem o PIX, a expectativa da Moody’s é que isso não compense as perdas de tarifas de transações individuais.