A administração dos portos do Paraná informou que no período de janeiro a julho o nitrato de amônio representou apenas 3,5% do total dos fertilizantes importados. O produto é apontado como uma das causas da grande explosão na terça-feira, 4, no porto de Beirute, no Líbano, que causou dezenas de mortes e danos. Conforme a Portos do Paraná, em nota, até julho foram movimentados pouco mais de 5,5 milhões de toneladas de fertilizantes, aumento de 5% em comparação com igual período de 2019. Os principais produtos que chegam pelos portos de Paranaguá e Antonina são cloreto de potássio (MOP), ureia, MAP (fosfato monoamônio); sulfato de amônio e complexos NPK.
"Nunca tivemos nenhum problema relacionado a essa substância. A autoridade portuária, assim como os terminais, operadores e armazéns, atuam com os devidos planos de segurança atualizados", disse na nota o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. "Especificamente em relação ao nitrato de amônio, quem trabalha com o produto segue uma rígida rotina de fiscalização e prestação de contas impostas pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), ligada ao Exército Brasileiro".
Sobre a importação específica desse fertilizante, a Portos do Paraná informa que o volume foi de 207.860 toneladas nos sete primeiros meses do ano. A principal origem do produto é a Rússia. "Operam o produto, nos portos do Paraná, quatro empresas." Segundo a Diretoria de Operações, são 11 armazéns credenciados (pela autoridade portuária e pelo Exército) para receber nitrato de amônio.