Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) -A estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA) estima leiloar mais de 60 milhões de barris de petróleo da União em 2025, que serão produzidos em 2026 nos campos de Mero, Búzios e Bacalhau, afirmou nesta terça-feira a presidente interina, Tabita Loureiro.
A expectativa da PPSA, responsável por representar a União nos contratos de partilha de produção no pré-sal, é que o próximo leilão ocorra no primeiro semestre do próximo ano ou no início do segundo semestre, segundo a executiva.
No último leilão, no fim de julho, a PPSA arrecadou estimados 17 bilhões de reais ao comercializar 37,5 milhões de barris de petróleo da União do pré-sal, nos campos de Búzios e Mero, ambos operados pela Petrobras (BVMF:PETR4) no pré-sal da Bacia de Santos.
A novidade para o próximo leilão deverá ser a entrada em produção em 2025 do campo de Bacalhau, operado pela Equinor , também no pré-sal de Santos, destacou Loureiro.
"Bacalhau começa a produzir já ano que vem, e aí se a gente conseguir fazer (o leilão) no início do ano, já conseguimos vender a produção da União (daquele campo), a partir inclusive até de 2025, pegando 2025 e 2026, a depender do início de produção de Bacalhau", disse a executiva.
Loureiro disse ainda que avaliará a inclusão de outros campos no próximo leilão, diante do sucesso do último certame. A produção de campos onde a União tem participações menores, rendendo menos volumes, a PPSA tem comercializado por meio da modalidade spot.
"Vamos ver se a gente não consegue até incluir outros (campos), porque o resultado desse leilão foi tão extraordinário", afirmou.
O certame passado foi considerado o mais competitivo e o que obteve a maior arrecadação para o governo até agora, e a perspectiva é que os volumes aumentem ano a ano, destacou Loureiro.
(Por Marta Nogueira; edição de Roberto Samora)