A Tecnisa (SA:TCSA3) teve prejuízo líquido de R$ 54 milhões no segundo trimestre de 2021, um aumento de 33% em relação ao prejuízo de R$ 40 milhões no mesmo período de 2020.
O balanço foi afetado por uma perda de R$ 42 milhões proveniente de um acordo anunciado em maio com a Companhia de Participações e Empreendimentos (CPE) para extinção de um processo que discutia um contrato de compra de terreno.
A Tecnisa ajuizou ação para anular o contrato após o terreno acabar sendo desapropriado pela Prefeitura de São Paulo.
A previsão original era que a Tecnisa pagaria pelo terreno à CPE com as vendas de unidades do futuro empreendimento, que acabou inviabilizado. As partes então optaram por um acordo. Além disso, a Tecnisa espera indenização pela desapropriação.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou negativo em R$ 42,3 milhões, piora de 60% no resultado.
A receita líquida totalizou R$ 65 milhões, crescimento de 94%, devido à expansão de lançamentos e vendas nos últimos meses, além da venda de três terrenos considerados não estratégicos por R$ 19 milhões.
A Tecnisa lançou um empreendimento no segundo trimestre, no Campo Belo, com valor geral de vendas (VGV) de 165 milhões. Até aqui, 23% das unidades já foram vendidas.
As vendas líquidas somaram R$ 49,7 milhões, aumento de 3,8% na comparação anual.
A companhia teve consumo de caixa de R$ 156 milhões. Ela encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de R$ 382 milhões e alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) de 52,5%.