Investing.com – A apreciação nas cotações internacionais do petróleo vem trazendo aos holofotes as ações da produtora da commodity Prio (BVMF:PRIO3), e os investidores estarão atentos ao balanço da junior oil, que será divulgado nesta terça-feira, 31.
A plataforma InvestingPRO, que reúne estimativas de diversos analistas, projeta uma receita de R$3,903 bilhões para a Prio e um lucro por ação (LPA) de R$1,88.
Fonte: InvestingPRO
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Segundo o analista independente Sérgio Cachoeira, a Prio deve reportar um sólido crescimento em todas as linhas das demonstrações financeiras, pois o aumento dos preços do petróleo Brent e a maior produção nos campos de Frade e Albacora Leste devem impulsionar os resultados em termos de faturamento. “A venda de estoques (quando a Prio mitigou impacto dos impostos de exportação) aliada ao menor custo deve levar ao crescimento do EBITDA superior a 80% na base trimestral. Além disso, a maior eficiência deverá fazer com que o custo de produção fique abaixo de US$ 7/bbl pela primeira vez”, destaca o analista.
As perspectivas para a companhia seguem positivas, reforça Cachoeira, “com o conflito no Oriente Médio pressionando os preços do barril de petróleo, enquanto a Prio faz o dever de casa em termos de gestão de estoques e redução de custos”.
Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o banco BTG (BVMF:BPAC11) estima grande crescimento do EBITDA, com expansão trimestral de 87%, custos baixos e preços elevados. O BTG projeta receita líquida de US$797 milhões, EBITDA de US$641 milhões e lucros de US$353 milhões.
“Além do crescimento de produção de 10% no trimestre, que é impulsionado pela maior produção nos campos de Frade e Albacora Leste e pelo aumento preços do Brent, acreditamos que os resultados robustos também refletirão as operações. Uma alavancagem operacional mais forte deverá empurrar os custos para baixo mais uma vez”, concorda o BTG, que projeta custos de produção de US$6,9/bbl, contra US$7,4/bbl no segundo trimestre.
Já o Itaú BBA, que também apontou suas projeções em relatório, espera receita de US$790 milhões, elevação trimestral de 48%, diante da melhor comercialização de petróleo e condições mais favoráveis para as cotações internacionais. Para os analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello, o preço médio do Brent deve ter ficado em US$ 86/bbl, acréscimo de 10% frente ao segundo trimestre. O Itaú BBA concorda com a tendência de diluição de custos, estimando, assim, EBITDA recorde de US$ 616 milhões.
Às 15h27 (de Brasília) desta segunda, 30, os papéis caíam 2,87%, a R$46,40.
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