Investing.com – Analistas consideraram que os dados trimestrais da produtora de petróleo Prio (BVMF:PRIO3) vieram fracos no quarto trimestre do ano passado, mas avaliam que os fundamentos da companhia seguem robustos, diante das perspectivas e novas certificações.
A Prio informou ter reservas provadas de petróleo de 559 milhões de barris em janeiro, conforme certificação da consultoria D&M. Além disso, reportou lucro líquido de US$324,2 milhões no quarto trimestre, acréscimo de 71% frente a igual intervalo do ano anterior.
“A certificação adicionou reservas de petróleo à companhia, aumentou sua perspectiva de produção, melhorou o perfil do portfólio da empresa, mas com um custo de um aumento dos investimentos esperados”, destacou em relatório a Genial Investimentos, que reforçou a recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$60.
O Itaú BBA disse ter sentimentos confusos com os dados abaixo das projeções do banco e do consenso, mas mantém visão positiva sobre a companhia com a nova certificação. O certificado de reservas mostraria capacidade da junior oil para elevação das reservas, principalmente no campo de Frade, mas também atrasos na obtenção de licenças ambientais em 2023.
“No geral, a certificação indica uma diminuição na produção e no capex em 2024 devido a atrasos no ano passado, com uma reversão esperada em 2025 com um aumento na produção e no investimento. Estas mudanças deslocam a curva de produção para a direita, mas também permitem à empresa atingir um pico de produção mais elevado, de 131 Mbpd em 2027 (em comparação com 121 Mbpd anteriormente)”, avaliam os analistas Monique Martins Greco Natal, Eric de Mello e Bruna Amorim. O Itaú BBA segue, assim, com classificação outperform para as ações, equivalente à compra, com preço-alvo de R$58.
Em relatório, o BTG (BVMF:BPAC11) vai na mesma linha: acredita que os dados vieram fracos, mas que os fundamentos da empresa continuam sólidos. Os analistas Pedro Soares, Thiago Duarte e Henrique Pérez mencionam como motivações para um EBITDA abaixo do esperado preços realizados mais baixos nas vendas de petróleo e gastos com royalties mais elevados. Apesar disso, enxergam pontos favoráveis, como o lifting cost em queda, em linha com o que o banco esperava, assim como a geração de caixa de US$ 200 milhões.
“Como esperamos que a estratégia comercial da empresa melhore daqui para frente e os preços realizados para diminuir a diferença com o benchmark, nosso otimismo continua forte. A eficiência da Prio deverá manter a empresa como um dos players mais eficientes do setor e capazes de gerar um FCFE robusto no futuro”. As reservas, por sua vez, foram consideradas praticamente estáveis na base anual e a tendência seria de reclassificação no curto prazo. Assim, o BTG conta com indicação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$79 para os papéis.
A XP Investimentos (BVMF:XPBR31) também concorda que os dados vieram fracos, mas conforme previsto, com diminuição das receitas em relação ao trimestre anterior e no EBITDA. Os analistas Vladimir Pinto e Helena Kelm citam, no entanto, mais um trimestre de quebra de recordes, com o menor lifting cost e a maior produção. “Deve-se notar que os novos avanços na eficiência operacional do campo Albacora Leste ajudaram a produção a aumentar”, concluem, ao indicar ainda que a empresa segue com dados que corroboram sua capacidade de execução, o que motiva a recomendação de compra e destaque como top pick no setor.
Às 12h34 (de Brasília), as ações da Prio subiam 1,05%, a R$45,17.
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