Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) poderá ser privatizada no futuro desde que seja de interesse da União, mas tal movimento faria pouca diferença em sua operação considerando suas atuais regras de governança, disse nesta terça-feira o presidente da companhia, Joaquim Silva e Luna.
O executivo acrescentou ainda, em entrevista à TV Jovem Pan, que a redução do número de estatais é "uma tendência global", e que a desestatização da Petrobras reduziria o recebimento de dividendos pelo governo.
"Essa é uma decisão que poderá ser tomada a partir de um estudo aprofundado por iniciativa do acionista majoritário, a União. A modificação disso seria a redução daquilo que ela(União) recebe de dividendos e royalties, porque em termos de como ela trabalha a diferença é muito pequena", disse o executivo.
"Ser uma empresa privada ou estatal, como ela funciona hoje, a diferença é muito pequena", acrescentou.
"Ela (Petrobras) tem um sistema de governança e conformidade que dificilmente seria alterado. Poderia ser privatizada? Sim, essa é a tendência do mundo, diminuir as estatais", adicionou.
O general da reserva confirmou ainda que o novo plano de negócios da estatal, que será divulgado na quinta-feira, manterá o seu foco no pré-sal, confirmando reportagem da Reuters publicada na semana passada.