NVDA disparou 197% desde a entrada na estratégia de IA em Novembro - é hora de vender? 🤔Saiba mais

Produção da Petrobras em Campos atinge níveis de 2004; analistas desconfiam de meta

Publicado 22.04.2016, 15:26
© Reuters.  Produção da Petrobras em Campos atinge níveis de 2004; analistas desconfiam de meta
PBR
-
BPFF11
-

Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O volume de petróleo produzido pela Petrobras (SA:PETR4) na Bacia de Campos perdeu ainda mais relevância no total extraído no país em março, ao atingir níveis de 2004 e início de 2005, contribuindo para uma queda da extração no Brasil maior que a esperada por analistas.

Apesar de a empresa dizer que o recuo da produção é explicado por paradas para manutenção e confirmar a meta prevista para o ano, analistas levantam dúvidas sobre a capacidade de a companhia cumprir os volumes estimados para 2016.

A petroleira produziu no Brasil 1,94 milhão de barris de petróleo por dia em março, queda de 8 por cento em relação ao mesmo mês de 2015 e recuo de 3 por cento ante fevereiro, segundo dados publicados na quarta-feira.

Do volume produzido, 1,24 milhão de barris de petróleo por dia (bpd) foram na Bacia de Campos, queda de 18 por cento ante o mesmo mês do ano passado. O montante não era visto desde o fim de 2004 e início de 2005.

No primeiro trimestre foram extraídos 1,98 milhão de bpd no país, queda de 8 por cento ante o mesmo período do ano passado. Do volume total, 1,3 milhão foram extraídos da Bacia de Campos.

Excluindo a Bacia de Campos, a Petrobras produziu no mar, no acumulado deste ano, 496,9 mil bpd, enquanto a média de 2004 foi de 38,3 mil bpd, o que reforça a redução da importância da região, ainda a maior produtora do país.

Os baixos volumes acontecem apesar do crescente crescimento da produção do pré-sal, nas bacias de Campos e Santos, onde a estatal e suas sócias produziram 884 mil de bpd em março, alta de 1,2 por cento em relação ao mês anterior.

DÚVIDAS

A corretora Brasil Plural (SA:BPFF11) ponderou que o primeiro trimestre é sazonalmente mais fraco, devido a paradas para manutenção, mas destacou que o recuo observado foi pior que o esperado.

"Apesar de a companhia manter o 'guidance' de 2,145 milhões de bpd para o ano, estamos nos perguntando se essa queda na produção não tem motivos diferentes das paradas convencionais, principalmente levando em conta a redução recente no 'capex' e a queda na atividade do setor", afirmou o Brasil Plural em relatório.

Segundo a corretora, a produção no primeiro trimestre caiu 6,5 por cento ante os três meses anteriores, enquanto a média histórica aponta para queda de até 3,5 por cento.

O Goldman Sachs destacou em relatório que a empresa terá que entregar um crescimento de 13,5 por cento na produção de petróleo no Brasil para atingir a meta neste ano. O banco também apontou como negativo o recuo da produção de Campos.

"Nós temos uma avaliação negativa dos níveis de produção de março... Notamos que continuamos a ver os riscos para o 'guidance' de produção de 2,7 milhões bpd de petróleo no Brasil da Petrobras para 2020", disse o Goldman, no relatório.

Já o JP Morgan disse em nota a clientes que esperava "alguma melhora nos números, mas a produção diminuiu com as plataformas paradas para manutenção e o incêndio na Bacia de Campos".

Apesar do trimestre fraco e das metas, o JP destacou acreditar que os investidores "provavelmente vão continuar precificando o papel pela evolução do cenário político".

Para justificar a manutenção da meta para o ano, a Petrobras destacou na quarta-feira que as paradas para manutenção no ano representarão 2,5 por cento da produção média do ano, contra 5 por cento no primeiro trimestre.

Além disso, destacou a entrada em operação prevista das plataformas do tipo FPSO Cidade de Saquarema (Lula Central) e Cidade de Caraguatatuba (Lapa), ambas na Bacia de Santos.

Além de paradas programadas, contribuíram para a queda da produção de março manutenções corretivas na plataforma P-31, no campo de Albacora, e um incêndio na plataforma P-48, no campo de Caratinga, ambas na Bacia de Campos.

(Por Marta Nogueira; reportagem adicional de Paula Arend Laier)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.