CARACAS (Reuters) - A produção de petróleo da Venezuela em novembro saltou mais de 20% na comparação com o mês anterior, para o maior nível desde que os Estados Unidos apertaram sanções sobre a petroleira estatal PDVSA em agosto, disseram duas fontes com conhecimento dos dados da empresa.
A produção em novembro ficou em média entre 926 mil barris por dia (bpd) e 965 mil bpd, segundo essas pessoas, frente a 761 mil bpd reportados pela PDVSA à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para outubro.
Isso marca a primeira vez em que a produção da Venezuela ultrapassa 900 mil bpd desde agosto, quando Washington alertou empresas estrangeiras que ainda trabalhavam com a PDVSA sobre a possibilidade de sanções. A administração Trump primeiro impôs sanções sobre a PDVSA, em janeiro, como parte de um plano para tirar do poder o presidente socialista Nicolas Maduro.
Isso fez com que muitas companhias, particularmente na China, evitassem a compra de petróleo da Venezuela, levando a uma alta nos estoques domésticos e fazendo a PDVSA a reduzir a produção.
As exportações se recuperaram em novembro, à medida que grandes clientes como a indiana Reliance Industries e a espanhola Repsol (MC:REP) aumentaram seus embarques, o que permitiu à PDVSA reduzir seus estoques e ampliar a produção.
A PDVSA não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
A Opep deve divulgar seu relatório mensal de novembro na quarta-feira. Os dados que a PDVSA tem reportado diretamente à Opep a cada mês neste ano têm ficado repetidamente acima das estimativas de fontes secundárias citadas pela organização.
(Por Luc Cohen em Caracas, Marianna Parraga na Cidade do México e Mircely Guanipa em Punto Fijo)