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Por Joyce Lee e Heekyong Yang
SEUL (Reuters) - A sul-coreana SK Hynix, segunda maior fabricante de chips de memória do mundo, alertou nesta quarta-feira sobre uma "deterioração sem precedentes" na demanda pelo produto, agravando temores sobre uma recessão global. A companhia ainda anunciou que reduzirá o investimento depois que o lucro trimestral caiu 60%.
A companhia, cujos clientes incluem a Apple (NASDAQ:AAPL), disse que seu investimento em 2023 será reduzido em mais de 50%.
"Esperamos que o mercado se estabilize até certo ponto no segundo semestre do próximo ano, mas não descartamos a possibilidade de uma desaceleração mais longa", disse o diretor de marketing da SK Hynix, Kevin Noh.
Os investidores olharam para além da perspectiva pessimista da SK Hynx e suas ações encerraram o dia em alta de 0,4%. A avaliação considerou que o agressivo corte no investimento deve ajudar a companhia a controlar um eventual excesso de oferta de chips e sustentar os preços no mercado.
A SK Hynix disse que seu lucro operacional caiu para 1,66 trilhão de wons (1,16 bilhão de dólares) no trimestre de julho a setembro, ante 4,2 trilhões de wons um ano antes. O resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas, de lucro de 1,87 trilhão de wons, de acordo com dados da Refinitiv.
A SK Hynix disse que seu investimento em 2022 deve ficar na "faixa superior de 10 trilhões a 20 trilhões de wons (7 a 14 bilhões de dólares)", o que significa que os investimentos em 2023 podem cair abaixo de 10 trilhões de wons.
"Mesmo que a SK Hynix reduza os investimentos, levará cerca de seis meses até que a produção real seja afetada... Não prevemos que as condições de mercado mudem antes do terceiro trimestre de 2023", disse Wi Minbok, analista da Daishin Securities.
A SK Hynix também alertou para incertezas envolvendo suas fábricas de chips na China devido às restrições de exportação dos Estados Unidos de equipamentos avançados.
A empresa recebeu uma isenção de um ano das restrições para suas fábricas de chips na China, mas disse que será difícil operar a instalação de Wuxi se a isenção não for prorrogada, e pode ter que considerar vender a fábrica ou trazer equipamentos para a Coreia do Sul.
(Por Joyce Lee e Heekyong Yang)