Por Laurence Frost e Edward Taylor
PARIS/FRANKFURT (Reuters) - O grupo PSA, fabricante de veículos Peugeot e Citroen, acertou a compra da Opel da General Motors (NYSE:GM) em um acordo que avalia a montadora em 2,2 bilhões de euros, anunciaram as companhias nesta segunda-feira.
O acordo cria uma gigante regional que desafiará a líder de mercado Volkswagen.
A PSA afirmou que vai recuperar os negócios da Opel e da marca britânica Vauxhall e definiu meta de margem operacional de 2 por cento dentro de três anos e de 6 por cento até 2026. O plano envolve 1,7 bilhão de euros em cortes de custos conjuntos.
As ações da PSA subiam cerca de 3 por cento depois que o presidente-executivo, Carlos Tavares, afirmou que o braço europeu da GM poderá ter os negócios recuperados usando as lições aprendidas na própria melhora dos negócios do grupo francês.
"Estamos confiantes que a recuperação da Opel-Vauxhall será significativamente acelerada com nosso apoio", afirmou Tavares.
Com a compra da Opel, a PSA supera a Renault ao se tornar a segunda maior fabricante de veículos da Europa em vendas, com uma participação de mercado de 16 por cento. A Volkswagen tem 24 por cento.
A GM vai receber 1,32 bilhão de euros pelos negócios industriais da Opel, dos quais 650 milhões em dinheiro e 670 milhões em garantias de ações da PSA.
Um adicional de 900 milhões de euros será pago pela PSA e pelo BNP Paribas (PA:BNPP) pelo braço financeiro da Opel, que será operado conjuntamente e consolidado pelo banco francês.
A venda da Opel sela a saída da GM da Europa, oito anos depois da montadora ficar perto de vender a unidade para a canadense Magna International. A montadora norte-americana tem enfrentado renovada pressão de investidores para focar em aumento da lucratividade em vez de perseguir a liderança global de vendas atualmente detida pela Volkswagen.