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PSDB pede investigação de senadores petistas por atuação na CPI da Petrobras

Publicado 04.08.2014, 22:01
PSDB pede investigação de senadores petistas por atuação na CPI da Petrobras
PBR
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SÃO PAULO (Reuters) - O PSDB anunciou nesta segunda-feira que entrará com representações contra os senadores petistas Delcídio Amaral (MS) e José Pimentel (CE) junto à Procuradoria Geral da República e ao Conselho de Ética do Senado Federal, por conta de denúncias publicadas na mídia envolvendo a CPI da Petrobras.

Reportagem da revista Veja desta semana afirma que dirigentes da estatal de petróleo que compareceram a audiências na CPI do Senado recebiam com antecedência as perguntas a serem feitas por senadores, para não serem pegos de surpresa e prepararem as respostas.

O PSDB quer que o Ministério Público investigue se foram cometidos os crimes de advocacia administrativa --defesa de interesses particulares por servidor contra os interesses públicos--, falso testemunho, violação de sigilo funcional e improbidade administrativa.

"É algo absolutamente grave, porque foi, na verdade, montada uma farsa, e nós queremos saber até onde isso foi", disse o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, a jornalistas em São Paulo.

Nesta tarde, o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), coordenador jurídico da campanha de Aécio, anunciou a representação contra Delcídio e Pimentel, além de representações na Procuradoria da República do Distrito Federal contra a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli.

Também serão alvos de representações servidores da estatal, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência e do Senado que foram mencionados na reportagem da revista Veja.

"As investigações sobre os atos de improbidade merecem especial atenção do Ministério Público para apurar a participação de todos os envolvidos, pois a maior beneficiária da trama denunciada é, em última instância, a presidente Dilma Rousseff", disse Sampaio, segundo nota divulgada pela liderança do PSDB na Câmara.

A CPI da Petrobras no Senado foi criada com o objetivo, entre outros, de apurar denúncias de irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006 ,quando a presidente Dilma Rousseff (PT), que busca a reeleição, era presidente do Conselho de Administração da estatal.

QUESTÃO DO CONGRESSO

Em evento de sua campanha à reeleição em Guarulhos, Dilma foi indagada sobre a representação dos tucanos e afirmou que "o PSDB faz as representações que quiser fazer em Brasília".

"Eu acho que isso é uma questão que deve ser respondida lá pelo Congresso", acrescentou a presidente.

Pimentel disse, por meio de nota, que "não se reuniu e nem orientou o depoimento dos investigados".

Segundo ele, as perguntas que foram formuladas aos depoentes foram feitas a partir do plano de trabalho aprovado pela CPI, das audiências públicas de executivos da estatal no Congresso e nos processos de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU).

O senador informou ainda pela nota que pediu formalmente à CPI que apure a denúncia da revista e pediu também o compartilhamento do vídeo usado pela Veja para fazer a denúncia para "contribuir com o trabalho da comissão de apuração", diz a nota.

Delcídio classificou a representação do PSDB, também por meio de nota, como "pura disputa política" e disse que não ficou surpreso.

"O estranho é que a representação será fundamentada em matéria jornalística totalmente baseada em conversas de um vídeo ilegal e flagrantemente editado onde meu nome foi citado sem nenhum contexto plausível, considerando que não participo de nenhuma das CPIs da Petrobras em curso no Congresso", diz a nota.

A Petrobras afirmou em nota à imprensa, divulgada na noite desta segunda-feira, que tomou conhecimento das perguntas centrais que norteiam os trabalhos das comissões parlamentares de inquérito por meio do site do Senado Federal, "onde foram publicados os planos de trabalho das referidas comissões".

"Convém ressaltar que tais informações, tornadas públicas pelas comissões de inquérito, por ocasião do início de seus trabalhos, possibilitam a elaboração de centenas de outras perguntas, propiciando à Petrobras a organização das informações necessárias para o melhor esclarecimento dos fatos pertinentes", afirmou a estatal na nota.

(Reportagem de Fabíola Gomes e Eduardo Simões)

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